Um europeu americanizado ou um americano naturalizado europeu?
Antes de mais: Jeep nunca primou propriamente pela beleza. Afinal, grande parte do carisma está da história da marca e na imagem de liberdade que transporta.
Mas com o Compass muita coisa mudou! E a caminho há mais exemplos que mostram um novo caminho.
Posicionando-se entre o compacto Renegade e o grande Cherokee, o atual Compass consegue ser simultaneamente elegante e confortável.
Já no que toca à capacidade fora de estrada… bem, não deixa de fazer justiça à história da marca, apesar das limitações naturais de não ser um… jipe!
Sob a alçada do grupo Fiat (o Compass partilha a plataforma com o Renegade e com o Fiat 500X, mas tem mais distância entre eixos), nesta sua segunda geração, vamos poder contar com mais espaço interior, um habitáculo mais funcional e, sobretudo, melhor design, maior qualidade de construção e mais disponibilidade de equipamento.
Os motores provêm também do grupo italiano, nomeadamente esta versão que utiliza o bloco diesel 1.6 de 120 cv, o mesmo do Fiat Tipo, por exemplo, apoiado numa caixa manual de 6 velocidades.
A gasóleo, há ainda um motor 2.0 de 140 cv utilizado na versão 4×4, enquanto, a gasolina, a oferta recai sobre um bloco 1.4 com 140 ou 170 cv.
Qual é o campeonato do Compass?
O Nissan Qashqai é o grande concorrente do Compass.
Comparado com este, o Compass talvez não pareça – mas é – ligeiramente mais comprido, mais largo e mais alto. Se bem que o “espírito” Jeep e a falta de alguma da delicadeza tão apreciada por alguns dos novos clientes de SUV, confira uma atitude mais máscula a este italo-americano.
Contudo, se a condução consegue ser agradável, a racionalidade do comportamento da suspensão e das ajudas eletrónicas restringem uma condução entusiástica.
O conforto interior é decentemente familiar, pese embora, nesta versão, o som do motor ser bastante audível.
O design do painel de bordo, apesar de pouco inspirado, é bastante funcional. Além de apresentar uma seleção cuidada de materiais, a qualidade de construção e de acabamentos isenta o habitáculo de ruídos estranhos.
Nota positiva, ainda, para a constituição dos bancos e do volante, este último decisivo para aumentar a sensibilidade da direção.
O espaço traseiro beneficia das dimensões mas não espanta, se bem que a largura de ombros seja boa.
A mesma decência na capacidade da mala, que não vai além dos 438 litros sem o pneu suplente. Com ele presente (há espaço para um de emergência), o piso da bagageira eleva-se e fica ao nível da entrada.
Impressões de condução
Em matéria de condução, o Compass é fácil e prático de dirigir.
Claro que a altura ao solo e a posição de condução contribuem bastante neste aspeto, enquanto a assistência dos sensores e da câmara de visão traseira são essenciais sobretudo em manobras mais apertadas.
Com esta versão, a combinação de baixos consumos e emissões permite-lhe um preço de arranque um pouco acima dos 30 mil euros.
No entanto, é de esperar, face ao peso e configuração, que o consumo médio não fique abaixo dos 7 litros em circuito misto, ou até mais no caso de condução urbana intensa.
Já em estrada e sem andar a pisar ovos é perfeitamente possível descer este valor para torno dos 5,5 litros.
Ficha de Produto: Preço, rendas, dados de consumo e de motor
-
Preço:
22.982 Euros*
- Rendas:
494,52 €/mês (36m)*
453,15 €/mês (48m)*
- Consumo médio e emissões:
4,4 l / 100Km / 117 gCO2/km*
- Dados do Motor:
4 / 1.598 cc
120 / 3.750 cv/rpm
320 / 1.750 Nm/rpm
(*) Valores LEASEPLAN. Quilometragem anual contratada: 30.000 – Serviços incluídos: aluguer/iuc/ seguro (franquia 4%)/manutenção/ gestão de frota/ pneus ilimitados/ veículo de substituição – quilometragem técnica máxima: 200.000 kms