Uma das evoluções do CX-5 foi aquela que o importador português menos desejava.

É que, por causa da nova imagem dianteira, o SUV médio japonês passou para classe 2 nas portagens, excepto se associado ao serviço Via Verde.

Mas, se isso é aquilo que primeiro o distingue do anterior, as alterações mais importantes só se descobrem quando se conduz.

A renovação do CX-5 chega num momento em que o mercado está mais agitado e pujante do que nunca e é mais profunda do que parece.

Para Portugal, seria também bom que dispusesse de um motor mais pequeno do que o 2.2 D Skyactiv que utiliza desde o início, mas isso iria incorrer no risco de desvirtuar o ADN que preside à criação de qualquer Mazda: proporcionar uma condução segura mas dinâmica e o desejo de integrar condutor numa só unidade, para prolongar essa mesma satisfação e identificá-los como um único conjunto.

Foi precisamente essa vontade que levou o construtor a integrar o “G-Vectoring Control, um sistema dinâmico que atua sobre o motor, transmissão e chassis, precisamente para a reforçar a ligação entre o carro e o condutor.

O GVC altera o binário para otimizar o peso aplicado em cada roda, analisando a posição da direção e do acelerador para fazer variar a força do motor e o comportamento da suspensão em função das necessidades de tração.

Objetivo: aumentar a aderência e melhorar a estabilidade em condução mais rápida, desencadeando reações mais seguras que aumentem a confiança em percursos mais sinuosos.

Para o condutor comum, o resultado é uma sensação de condução mais segura. Mas, para quem queira retirar partido de um motor que não só responde bem, como mantém essa resposta sem quebras ou necessidade de recorrer constantemente à caixa de velocidades, o novo carro manteve (e reforçou) a agilidade e o potencial dinâmico.

A perceção não é imediata e obriga a uma certa habituação, talvez porque a primeira impressão é a de que o conjunto ficou demasiado rígido.

Mas, de facto, a resposta é mais precisa, capaz de acompanhar mais facilmente as trajetórias, gerando também reflexos também sobre o conforto.

É que, ajudado pela pouca altura ao solo, o conjunto quase não adorna em curva e tem um comportamento refinado sobre piso irregular, tendo aumentado ainda os níveis de insonorização.

O interior parece quase inalterado, mas as modificações derivadas da introdução de mais equipamento reforçaram a funcionalidade de alguns comandos.

Há mais tecnologia a bordo e a preocupação de garantir ao condutor uma melhor visão das informações da condução, sem desviar os olhos da estrada, através da projeção das indicações numa pequena tela atrás do volante.

Com isto, o CX-5 continua a ter um dos interiores mais ergonómicos e confortáveis da categoria, atenuando, com equipamento, um preço de aquisição à partida mais elevado do que a concorrência.

Com a qual a Mazda, enquanto marca que se reclama exclusiva e não generalista, não deseja comparar-se. A vontade é mesmo a de que um proprietário possa dizer (e sentir) que o carro que conduz foi concebido pelo mesmo construtor de um MX-5.

 

Motor dispensa AdBlue

Um dos custos que, mais tarde ou mais cedo, os novos motores a gasóleo vão provocar, é originado pelos complexos sistemas de controlo de emissões.

Apesar da cilindrada desde motor, a tecnologia Skyactiv de baixa compressão dos motores diesel da Mazda, compensada pela variação contínua das válvulas, permite-lhes trabalhar numa faixa mais ampla de regime, daqui resultando uma condução mais elástica e menos dependente das relações da transmissão.

Isto faz também com que, quando conduzido de forma eficiente, o CX-5 revele uma economia de consumos ao nível de motores mais pequenos.

Com o benefício de não precisar (ainda) de AdBlue ou complexos (e caros) sistemas de filtragem de partículas nocivas ao ambiente.

E isto diz (quase) tudo.

Uma questão de classe

Para ultrapassar a contrariedade da classificação nas portagens, o CX-5 foi homologado com peso bruto superior a 2.300 kg, o que lhe permitiu ser classe 1 quando equipado com Via Verde.

Uma nova homologação facilitada pelo facto da suspensão traseira e de toda a estrutura do carro ser tão robusta e capaz de suportar o acréscimo de carga, sem necessidade de qualquer alteração.

Com plásticos de melhor qualidade, a ergonomia corrigida dos bancos traseiros permitiu elevar a capacidade da mala até aos 506 litros, sem pneu suplente.

O sistema multimédia foi também atualizado e pode ser associado a um novo sistema de som da BOSE® com 10 altifalantes e processamento digital, enquanto uma câmara frontal reforça as ajudas à condução em cidade, nomeadamente ao nível da prevenção da travagem, manutenção na faixa de rodagem e reconhecimento de sinais de trânsito.

Além desta versão, o CX-5 pode dispor de motor de 175 cv, tração integral e caixa de velocidades automática.

No limite, com tudo incluído, a gama de preços estende-se até aos 53.119 euros.

Preço, rendas e características

37.375 Euros*
762,12 €/mês (36m)*
762,12 €/mês (48m)*
5,9 l / 100Km
132 gCO2/km*
4 / 2.191 cc
150 / 4.500 cv/rpm
380 / 1.800-2600 Nm/rpm