O exterior do Mercedes-Benz A 250 e não esconde o cariz dinâmico, apesar de esta ser uma versão para “poupar”. Poupar nos consumos, poupar nas emissões e, para as empresas, poupar na tributação fiscal. Um bom equilíbrio entre dinâmica, conforto, prestígio e condução sem emissões
Compacto, fácil de conduzir e com boa capacidade de manobra, o Classe A da Mercedes-Benz desde cedo teve versões mais acessíveis que foram bastante apreciadas pelas empresas portuguesas. Só que entre o modelo lançado em 1997 e o atual vai uma enorme distância; à exceção da silhueta, o Classe A que está na imagem, evolução do modelo lançado em 2018 (com novidades ao nível da grelha frontal, dos faróis dianteiros, dos farolins e difusor traseiros), conheceu evoluções importantes na qualidade, na dinâmica, na mecânica e sobretudo no equipamento disponibilizado. Equipamento que contribui para enriquecer visualmente a perceção qualitativa deste Classe A e que trouxe também melhorias ao nível da funcionalidade. E isso é algo que se sente quando se conduz, nomeadamente pelo caráter mais intuitivo do novo sistema telemático e de navegação presente no ecrã central de 10,25”, no redesenho do volante, com melhor desempenho e mais intuitivo no acesso às funções que permite comandar, assim como nas informações que alternadamente podem ser visionadas na tela digital que se encontra atrás do volante.
Quanto à habitabilidade, não há alterações percetíveis face ao modelo de 2018. O Classe A não parece um carro alto e isso poder-lhe-ia prejudicar o espaço traseiro, mas é apenas três centímetros mais baixo do que o atual VW Golf PHEV, por exemplo. Por isso, dois adultos com estatura um pouco mais elevada não vão sentir constrangimento de espaço e a própria estrutura do banco contribui para melhorar o conforto.
Esta versão plug-in oferece 310 litros de capacidade de bagageira, no máximo 1.125 litros com os encostos dos bancos traseiros rebatidos.
A estrutura rebaixada e as jantes 17’’ com pneu de baixo perfil (Pirelli 205/55 R17) contribuem para uma pose algo desafiadora. O conjunto híbrido plug-in reclama 218 cv e este “A”, ágil e estável como mostra ser, embora pese mais de tonelada e meia, pode satisfazer quem aprecia conduzir rápido. Mas, com a mesma potência combinada do conjunto lançado em 2018, a conjugação do funcionamento das duas unidades (gasolina e elétrica), a par de alterações na transmissão, parecem sobretudo ter visado uma melhoria de binário, que se mostra com um valor mais elevado: 450 Nm. Talvez resida aí o segredo de, com apenas um pouco mais de capacidade de bateria, serem obtido ganhos na autonomia em modo elétrico.
Por isso, o MB A 250 e também pode agradar quem, na maioria das ocasiões, precisa apenas de se deslocar de forma cómoda e prática. Prática porque está equipado com um transmissão automática de oito velocidades, cómoda porque a estrutura e o apoio dos bancos, assim como a suspensão, ajudam a amortecer as partes mais agrestes do piso.
Impressões
A maior novidade da atual versão plug-in é mecânica. O conjunto motriz é praticamente o mesmo: um motor 1.3 turbo a gasolina, coadjuvado por uma unidade elétrica agora de 109 cv. A novidade maior reside no aumento na bateria que alimenta este último motor, que passa a ter uma capacidade útil superior, para mais 10 km de autonomia em modo 100% elétrico. E se a promessa da marca são 87 km, no teste que realizámos foi possível percorrer 85 km sem emissões até o motor a gasolina entrar em ação. Isso implicou que no fim dos primeiros 100 km de viagem o consumo de gasolina fosse de apenas 0,7 litros. Já com 290 km percorridos e 30% de condução em modo elétrico (uma só carga de bateria), o consumo registado foi de 3,7 l/100 km.
O condutor pode controlar a intensidade da regeneração de energia através de patilhas situadas atrás do volante ou deixar que a viatura faça essa gestão de forma automática. Não é possível carregar a bateria utilizando o motor a gasolina como fonte geradora de energia, mas uma função no ecrã central permite escolher conservar o nível de carga da bateria de tração, por exemplo para abordar áreas de emissões nulas ao longo do percurso. A versão testada admite carga rápida DC até 22 kW e AC até 11 kW.
Custo de aquisição, valores de renting e características do Mercedes-Benz A 250 e
Custo de aquisição | 31.140 euros + IVA |
Renda 36 meses | 601 euros + IVA |
Renda 48 meses | 599 euros + IVA |
Potência combinada | 218 cv |
Binário | 450 Nm |
Bateria | 11,6 kWh |
Consumo combinado | 0,9 l/100 km |
Emissões CO2 | 20 g/km |
Autonomia elétrica | 87 km |
*Valores Ayvens. Quilometragem anual contratada: 25.000 km – Serviços incluídos: aluguer/IUC/seguro (franquia 4%)/manutenção/gestão de frota/pneus ilimitados/veículo de substituição |