O melhor de dois mundos
Único no seu segmento a propor uma versão híbrida plug-in com motor diesel, esta versão do Classe E é um íman para as empresas. Vamos explicar-lhe porquê.
Reunir num carro de frota um motor diesel (mais eficiente em matéria de consumos e com possibilidade de dedução parcial do IVA do combustível) e uma solução híbrida “plug-in” (com variados benefícios fiscais) é, como se costuma dizer, “ouro sobre azul”… apesar de ser de uma marca conhecida pelo prateado na competição.
Tendo como destinatários habituais os quadros executivos, posicionados num escalão de atribuição de viatura onde a escolha é mais livre, porém, cada vez mais balizada pelo preço, o “E300 de”, carro ou carrinha, tem (quase) tudo para ser um sucesso nas empresas. E o “quase” só tem aqui cabimento, porque algumas organização baniram em definitivo o diesel da sua frota.
Apesar de esta “liberdade” ser muito utilizada para reter ou cativar colaboradores valiosos – quando não é o próprio proprietário ou um dos maiores acionistas a decidir e, neste caso, “quem manda pode” –, o “factor preço” não deixa de assumir uma enorme importância, sobretudo quando se leva em linha de conta que esta versão paga atualmente 17,5% de Tributação Autónoma (sem o IVA, tem um custo para empresas inferior a 50 mil euros), enquanto as despesas da correspondente carrinha Classe E com motor 300d ou mesmo a 220d são taxadas pelo dobro: 35%.
Se este facto não é razão suficiente para convencer, aconselhamos a leitura do estudo TCO da edição anterior da Fleet Magazine, onde se mostra como, mesmo sem levar em linha de conta este factor ou qualquer outro benefício fiscal além da dedução do IVA, existe um diferencial de quase nove mil euros nos custos de utilização entre esta versão e a 220d, numa avaliação feita por um período de 4 anos/120 mil quilómetros.
Além deste facto, que mais há de valioso neste carro?
Independentemente de toda a presença que um Mercedes-Benz impõe neste patamar, o E300de deve os “300” ao facto de dispor de uma potência conjunta de 306 cv. Só por isso é fácil imaginar a postura que assume em estrada, apesar dos 220 kg a mais que tem quando comparado com a versão com motor somente a gasóleo.
Potências à parte, porque não é isso que importa (ou deveria importar…), esta solução mecânica permite ao 300de apresentar uma modéstia de consumos realmente notável, caso a intenção seja realmente potenciar os cerca de 40 km de autonomia eléctrica real que facilmente se conseguem obter com a bateria completamente carregada (anunciados são 44 km).
Porém, todavia, contudo, é precisamente a bateria que motiva a única contrariedade desta versão: a redução da capacidade da bagageira, de 640 para 480 litros de capacidade, impedindo também que se estabeleça uma superfície completamente plana quando os bancos traseiros são rebatidos.
Apesar deste contratempo, seja pelo maior peso ou pela necessidade que houve de reafinar a suspensão, a tecnologia elétrica pouco ou nada interfere no conforto, menos ainda em termos de comportamento, que se mantém exemplar e à altura dos pergaminhos da marca.
Impressões
O “300 de” é um “plug-in” com ficha colocada na parte traseira e convém ser utilizado como tal para total aproveitamento do seu potencial. Nomeadamente no que toca aos custos de utilização, bastando cerca de duas horas para uma carga total feita a 7.4 kW.
Porém, funcionando apenas como se de um híbrido se tratasse, ainda assim, a capacidade de regeneração do sistema permite manter energia na bateria, a suficiente para que o motor eléctrico possa contribuir nos momentos de maior assédio, promovendo por via disso a redução do consumo de gasóleo. Durante o ensaio foi possível estabelecer médias em estrada abaixo dos 6,0 litros, com recurso a este método.
Outro facto a salientar é a comodidade e eficácia exibida pela caixa de velocidades automática de nove velocidades. Não tanto por proporcionar diferentes modos de condução, antes porque, em conjunto com o sistema de navegação e com o contributo de tecnologia de reconhecimento de rota e de condições do trânsito, adapta-se em prol de uma maior eficiência, podendo ainda o modo ECO emitir algumas recomendações ao condutor nesse sentido.
Um premium a gasóleo com 17,5% de TA
Integrado na categoria acima dos 35 mil euros, esta versão paga atualmente de ISV menos cerca de 6.800 euros do que o E300d, devido ao facto de apresentar emissões CO2 bastante reduzidas (41g/km).
Reflectido sobre o preço final, isso permite-lhe um preço de aquisição inferior ao E300 d, não electrificado. Se juntarmos os benefícios descritos no texto, é fácil entender porque o “E300 de” é realmente tentador para as empresas, mesmo quando não é feito o total aproveitamento do recurso eléctrico!
Ficha de Produto: Preço, rendas, consumo e motor
- Preço:
74.799 Euros*
- Rendas:
1213,86 €/mês (36 meses)*
1079,15 €/mês (48 meses)*
- Consumo médio e emissões:
1,6 l / 100Km
41 gCO2/km
- Motor térmico:
4 cilindros / 1.950 cc
194 / 6.000 cv/rpm
400 / 1.600 – 2.800 Nm/rpm
- Motor elétrico:
90 kW (122 cv) e 440 Nm
- Bateria:
13,5 kWh
- Total:
306 cv / 7.000 rpm
400 Nm / 1.600-2.800 rpm
(*)Valores LEASEPLAN. Quilometragem anual contratada: 30.000 – Serviços incluídos: aluguer/iuc/ seguro (franquia 4%)/manutenção/ gestão de frota/ pneus ilimitados/ veículo de substituição – quilometragem técnica máxima: 200.000 kms