O Mercedes-Benz EQE, o segundo modelo desenvolvido sobre uma nova arquitetura projetada exclusivamente para a propulsão elétrica, combina um estilo sofisticado com um ambiente de luxo dominado por tecnologia avançada. Disponível em versões de motor que vão dos 292 aos 625 cv, o primeiro com tração traseira, os restantes com tração às quatro rodas, esta é a versão mais acessível e que pode ficar a salvo da Tributação Autónoma

A intenção foi certamente conceber um modelo que correspondesse aos padrões de prestígio e qualidade da marca, sem perder de vista o maior desafio que se coloca quando se aborda um automóvel exclusivamente eléctrico: o delicado ponto de equilíbrio entre peso, dinâmica e eficiência, sabendo que disto depende a mais apreciada das qualidades deste género de veículo: capacidade para percorrer o maior número de quilómetros com uma única carga de bateria.

Como nem todos têm os mesmos gostos e necessidades, sob uma mesma carroçaria, a Mercedes-Benz Portugal propõe duas versões “civis” e duas variantes mais desportivas com a capa AMG; as primeiras com o foco apontado à eficiência, os EQE AMG explorando todo o potencial dinâmico de uma plataforma soberba em termos de comportamento, com ajuda de um aumento significativo da potência e binário.

No capítulo mecânico, a versão testada é a mais acessível e com um enquadramento fiscal mais favorável para as empresas. Com um só motor com 292 cv alimentado por bateria com 89 kWh de capacidade útil, o EQE 350 é atualmente negociado para empresas por valores abaixo dos 62.500 euros, IVA não incluído. O que, além de permitir a dedução deste imposto por parte de empresas cuja atividade garanta o direito a fazê-lo, evita ter de submeter os encargos com a viatura a 10% de Tributação Autónoma.

Poder de sedução

Baixo e de linhas esguias, o EQE não tem propriamente um habitáculo amplo. Nos bancos dianteiros nada a apontar, além de uma posição de condução baixa e que contribui para deixar o condutor imerso na tecnologia projetada por dois grandes ecrãs; um em posição horizontal atrás do volante, o do centro disposto verticalmente e concentrando digitalmente praticamente todos os comandos do carro.

Em opção, o MBUX Hyperscreen acrescenta um terceiro ecrã no tablier, em frente ao banco do passageiro dianteiro.

No banco traseiro o espaço é mais contido em altura, enquanto a capacidade da mala, apenas 430 litros, fica aquém daquilo que é esperado num carro com as dimensões do EQE. Muito por culpa do desenho da secção posterior do carro que, além de limitar a visibilidade nesta direção, amplia a sensação de falta de espaço para quem viaja atrás.

Mercedes-Benz: o futuro é elétrico

Impressões

O carro beneficia de vários trunfos evidentes, o primeiro dos quais a proeminente estrela que ostenta na grelha. Este símbolo de afirmação é reforçado porque um olhar menos atento o confundirá com um EQS, de classe superior. Depois, claro, a vantagem de dispor de um automóvel que alia o conforto da condução elétrica a um bom desempenho dinâmico, numa envolvência de uma sofisticada modernidade quase futurística.

O interior combina detalhes de luxo, como revestimento em pele, com a tecnologia projetada pelos dois painéis digitais de grande definição. O Mercedes-Benz EQE surge naturalmente também equipado com uma série de recursos de segurança e de assistência à condução.

Mas a autonomia, quando conduzido de forma eficiente e não apenas em desfruto da capacidade de aceleração ou do bom comportamento e estabilidade em curva, é decididamente outra vantagem.

Uma vantagem acrescida porque, com a bateria atestada a autonomia máxima anunciada em ciclo combinado ronda os 450 km. Efetivamente, numa combinação de diferentes tipos de trajeto e conduzido com o foco colocado na eficiência, foi possível superar 400 km de estrada antes de abastecer de novo.

Em Portugal não há ainda muitos postos com 170 kW. A esta velocidade de carregamento, garante a marca, torna-se possível recuperar pouco mais de 200 km de autonomia em apenas 15 minutos ou reabastecer até 80% da capacidade da bateria em sensivelmente meia hora. Se ligado a uma wallbox de 11 kW (velocidade máxima de série em AC), para uma carga completa serão necessárias cerca de 10 horas.

O carro que está na imagem corresponde a um EQE com “linha AMG”, um conjunto estético exterior e interior, bem como algum equipamento, que lhe reforça a imagem dinâmica e acrescenta preço.

Custo de aquisição, valores de renting e características do Mercedes-Benz EQE 350 AMG Line

Custo de aquisição64.235 euros + IVA
Renda 36 meses1.180,75 euros + IVA
Renda 48 meses1.142,29 euros + IVA
Motor elétrico215 kW (292 cv)
Binário máximo565 Nm
Consumo combinado17,1 kWh/100 km
Bateria89 kWh
Autonomia454 km (ciclo combinado)
Carga máxima AC11 kW
Carga máxima CC170 kW
*Valores LeasePlan. Quilometragem anual contratada: 25.000 km – Serviços incluídos: aluguer/IUC/seguro (franquia 4%)/manutenção/gestão de frota/pneus ilimitados/veículo de substituição

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