Mitsubishi ASX PHEV: mais crossover e menos SUV. Com menos aptidões fora do alcatrão e mais conforto sobre o asfalto, em matéria de estilo e de conceito o novo ASX é substancialmente diferente do anterior. Para empresas destaca-se o facto de existir uma versão PHEV elegível para os benefícios fiscais

Foi o primeiro automóvel da Mitsubishi completamente novo após a marca ter revelado a intenção de congelar o investimento em novos modelos para o mercado europeu, no início de 2020. Mas três anos depois do anúncio e na sequência de um processo que conduziu à aquisição da totalidade do fabricante automóvel por parte da Aliança Renault-Nissan (que, desde 2016, já era sócia maioritária com 34% das ações), ao ASX vai em breve juntar-se também um novo Colt (Clio).

Crossover por natureza, a versatilidade é a característica que melhor o define. Com o seu parente francês, o Captur, partilha o conforto, a habitabilidade e a modularidade do espaço traseiro, talento que deve ao facto de o respetivo banco poder correr sobre calhas. Isto permite gerir a capacidade da bagageira entre os 261 e os 375 litros nesta versão híbrida plug-in, embora este valor seja substancialmente inferior à área disponibilizada pela versão com motor exclusivamente a gasolina. A redução deve-se à colocação traseira da bateria, que obrigou a elevar o piso da mala, que passa a só poder ficar ao nível da parte inferior da respetiva porta de acesso, com espaço resguardado para os cabos de carregamento e para o kit anti-furo.

Não existe qualquer intenção em disfarçar a origem do ASX. Quem conhecer o sistema da Renault vai encontrar o mesmo ambiente digital com conectividade integrada, os mesmos comandos para algumas funções e até o sistema Multi-Sense, que permite ao condutor escolher modelos diferentes de condução, incluindo um puramente elétrico. Ou colocar o motor a gasolina a produzir energia, para carregar a bateria. Felizmente, algumas funções, como as que controlam o sistema de climatização, podem ser operadas através de comandos físicos.

Mitsubishi ASX: plug-in para empresas por 27.500 euros + IVA

Impressões

É um carro muito fácil e agradável de dirigir para quem aprecia uma posição de condução mais elevada. Se o fizer vai ajudar a libertar espaço para as pernas dos passageiros do banco traseiro, caso exista necessidade de avançar o banco para ampliar a capacidade de mala. Na posição mais recuada do banco, o espaço traseiro que fica disponível está entre os melhores da classe.

Apesar do formato elevado, o Mitsubishi ASX 1.6 PHEV revela equilíbrio em curva, sem grande adorno da carroçaria. O peso extra da bateria contribui para baixar o centro de gravidade, o que certamente ajuda para a estabilidade que se sente em velocidades mais elevadas. Com a virtude de isso não sacrificar demasiado a capacidade de amortecimento. Uma condução descontraída torna possível superar facilmente os 50 km em modo inteiramente elétrico (autonomia anunciada de até 62 km em cidade). A velocidade máxima de carregamento é de 3,7 kW, pelo que são necessárias pelo menos três horas para recuperar de 0 a 100%. Em destaque a eficiência do modo híbrido, depois de esgotada a capacidade da bateria: após 400 km de percurso misto e com um único carregamento, o consumo médio de gasolina cifrou-se nos 4,6 litros. Grande parte do mérito deve-se ao modelo de funcionamento da caixa de velocidades automática, que concilia o funcionamento do motor a gasolina com duas unidades elétricas e que é também responsável pelo lado prático da condução deste novo Mitsubishi ASX.

Custo de aquisição, valores de renting e características do Mitsubishi ASX 1.6 PHEV AT Intense

Subscreva a nossa Newsletter

Enviar