Antes de avançar com o ensaio e falar de preços, referir que o Nissan Qashqai continua igual a si próprio: fácil de conduzir, espaçoso, recheado de equipamento e tudo isto por um preço que, dependendo do poder de negociação, encaixa no primeiro escalão da TA.

Uma tentação para as empresas, uma solução quando se tem de baixar a fasquia dos custos e não se quer melindrar o utilizador.

Além disso, o Qashqai tanto agrada a homens como a mulheres.

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Agrada a solteiros e a condutores com família, agrada a pacatos condutores que gostam de sentir o conforto de uma posição mais elevada e agrada aos que querem o descanso de poderem sair às vezes fora do alcatrão com alguma segurança.

Afinal, não há outra forma de descrever o SUV com mais sucesso, o carro que há quase uma década domina a categoria e consegue estar praticamente sempre, quase desde o início, entre os 10 modelos mais vendidos na Europa.

É um automóvel sem segredos.

É, aliás, difícil falar dele e acrescentar algo de novo, apesar de, todos os anos, o construtor acrescentar algo de novo ao Qashqai.

E sem querer parecer redundante a escrever sobre um carro que não é perfeito mas que parece do ponto de vista comercial, sobre um carro que parece igual desde que nasceu mas que soube evoluir conservando a silhueta de sucesso, pouco resta para dizer além de que as últimas atualizações trouxeram uma aparência mais moderna à carroçaria e, mais importante do que isso, há novos sistemas de assistência à condução.

Hã! E ainda um novo nível de equipamento.

Apesar do Qashqai ser um dos carros mais agradáveis em estrada e em viagem no que toca ao conforto, no capítulo dinâmico já existem melhores propostas.

E, apesar de saber que a maioria dos seus fiéis utilizadores é precisamente o conforto e a condução descomplicada que privilegiam, mesmo assim, foram efetuadas algumas alterações ao nível do chassis, suspensão e direção.

Tudo para tornar a condução mais precisa e estável, coisa que, para o comum dos condutores, o controlo inteligente do chassis que já existia conseguia garantir.

E continua a conseguir.

Ora se por fora mudou só o suficiente para se distinguir e dar razões aos senhores do marketing (embora tenha ganho a possibilidade de faróis adaptativos), por dentro mudou ainda menos.

Exceto o volante, que tem um formato mais achatado.

Talvez tenha melhorado nos plásticos (a Nissan diz que sim e também na constituição de alguns bancos) mas o essencial permanece e ainda bem que assim é: habitabilidade e espaço suficiente para 2 adultos no banco traseiro, além dos 430 litros de mala, um valor aceitável para os seus 4,39 metros de comprimento.

Nissan Qashqai: polivalente

O motor a gasóleo disponibilizado em Portugal e preferido pelas empresas continua a ser a unidade Renault 1.5 dCi. Vantagens deste motor, além da robustez, facilidade de assistência e eficiência, são o facto de, por enquanto, não precisar de AdBlue ou complexos sistemas de retenção para ficar dentro das exigências do Euro6.

Não é um conjunto para grandes dinâmicas ou rasgos de condução, mas o escalonamento da caixa de 6 velocidades retira bom partido do binário disponível para assegurar o principal: bons consumos e uns mágicos 99 g/km de CO2 homologados.

Claro que lhe falta alguma capacidade de aceleração, mais notória a recuperar em percursos com alguma inclinação.

O potencial fora de estrada é limitado e só algumas proteções na carroçaria mas, sobretudo, um pouco mais de altura em relação solo do que um carro convencional lhe permite ir um pouco mais além em terra. Firme.

No final deste ensaio, eis o que podemos deixar de preços para o Nissan Qashqai:

Preço:

33.331 Euros*

Rendas:

606,36 €/mês (36m)*

554,80 €/mês (48m)*

Consumos e emissões:

3,8 l / 100Km

99 gCO2/km*

Características motor:

4 / 1.461 cc

110 / 4.000 cv/rpm

260 / 1.750 Nm/rpm

(*) Valores LEASEPLAN. Quilometragem anual contratada: 30.000 – Serviços incluídos: aluguer/iuc/ seguro (franquia 4%)/manutenção/ gestão de frota/ pneus ilimitados/ veículo de substituição – quilometragem técnica máxima: 200.000 kms