Elétrico sem avisar
Exteriormente o visual desportivo quase faz passar despercebida a sua condição de carro elétrico, enquanto no interior quase que só o silêncio do andamento pode levantar suspeitas…
O Corsa é um veículo importante no mercado europeu. A sexta geração foi lançada em meados de 2019 e assenta sobre uma plataforma moderna, flexível e adaptável a diferentes tipos de motorização, o que permite fabricar a versão elétrica a par das que possuem motores a gasóleo e a gasolina.
Uma das virtudes do Corsa-e reside no facto de se apresentar e de se deixar dirigir como um “vulgar” carro de caixa automática. De facto, se o exterior é discreto quanto à sua condição de elétrico, o modo como se deixa conduzir e aquilo que surge aos olhos do condutor também não evidencia muito essa condição. Existem, claro, as necessárias informações relacionadas com o estado da bateria, com o fluxo de energia e relacionadas com as operações de carregamento de energia, por exemplo, mas, quanto ao resto, o habitáculo do Corsa-e difere pouco das restantes versões.
A colocação dos módulos da bateria ao longo da plataforma, sob os bancos, veio elevar muito ligeiramente a altura da posição de condução. Mas não interfere nem no espaço do habitáculo, nem na capacidade da mala.
Em resultado da alteração do centro de gravidade, por causa das baterias que conferem cerca de mais 300 kg a esta versão, o carro parece ter ficado ainda mais estável em curva. Contudo, a necessidade de reforçar a suspensão e os pneus de perfil reduzido e mais desportivos da versão testada condicionam a capacidade de amortecimento sobre piso irregular.
https://fleetmagazine.pt/2020/11/25/novo-opel-mokka-2/
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Impressões
A condução do Opel Corsa-e não é de molde a levantar dificuldades; pelo contrário, fica até mais simples e acessível em comparação com os modelos com motor de combustão.
Este facto pode ser relevante para quem deseja introduzir a mobilidade elétrica nas empresas e criar uma habituação a esta nova realidade. O típico poder inicial de aceleração está naturalmente presente, porém, a adaptação intuitiva ao modelo, com o clássico punho das mudanças a servir para selecionar o sentido da marcha ou para aumentar o potencial de regenerar energia nas fases de desaceleração, é talvez aquilo que mais contribui para tornar tão agradável e prático o ato de conduzi-lo.
Com a bateria totalmente carregada, o Corsa-e reivindica autonomia para 330 km (em ciclo WLTP), possíveis de realmente atingir com uma condução consciente, ou até de superar com uma utilização intensiva em cidade. Outra boa notícia é a capacidade para poder restabelecer até 80% de energia em apenas 30 minutos, graças à facilidade de poder recarregar num posto rápido de 100 kW.