A nova geração de elétricos Renault teve no 5 o seu precursor. Automóvel que materializa a Renaulution do emblema francês, deu o mote e abriu portas à chegada de outro ícone – o 4, que vem trazer mais espaço a bordo que o seu irmão mais velho 5, porém com a mesma mística e appeal, e também exclusivamente em versão zero emissões

Em meados de 1950, Pierre Dreyfus, presidente da Renault, afirmava que o mercado automóvel precisava de um modelo versátil que servisse tanto utilizadores particulares como profissionais. A ideia até era bastante simples: oferecer volume a um carro com espaço utilizável, chão plano e uma porta traseira de maiores dimensões.

Em 1961, designers e engenheiros franceses davam vida à ideia de Dreyfus e apresentavam o Renault 4, com piso plano, banco traseiro rebatível ou removível e uma quinta porta (traseira) para carga – uma inovação à época num automóvel que reunia simultaneamente argumentos de utilitário e de carro familiar.

Até 1992, data do fim da sua comercialização, o Renault 4 vendeu qualquer coisa como 8,1 milhões de unidades em mais de 100 países. Um fenómeno que durou 30 anos e que foi interrompido… até agora. Hoje, 33 anos depois, o R4 está de volta, com o mesmo pendor utilitário que o caracterizou e com a silhueta dois volumes que lhe granjeou o estatuto de ícone cultural e intemporal. Agora, porém, numa versão mais moderna, digital, e orientada para viagens mais amigas do ambiente.

Capacidade de carga inteligente

Embora partilhe com o R5 a base mecânica e elétrica, o novo Renault 4 é mais comprido oito centímetros entre os eixos dianteiro e traseiro, resolvendo assim um dos pontos menos positivos do irmão mais velho R5: o espaço traseiro, quer para passageiros, quer mesmo na bagageira, que é muito maior (420 litros que se podem converter em 1.405 litros – o espaço de carga de uma pequena carrinha). Assim, rebatendo os bancos deste utilitário moderno, conseguem-se mais de dois metros (2,2 m) de comprimento para transporte de objetos mais compridos. Outro elemento a destacar, que atesta a praticidade deste modelo, é a altura do piso da mala, que fica a pouco mais de 60 cm do solo e que facilita em muito as operações de carga e descarga.

Renault 5 E-Tech Elétrico Autonomia Comfort: um clássico, agora elétrico

Uma proposta competitiva

Para lá do óbvio menor custo energético face a automóveis equipados com motor de combustão interna, o Renault 4 possui um design retro-futurista que por certo se destacará num parque automóvel de qualquer empresa nacional, pelo facto de fortalecer valores tão caros às organizações, como é o caso da inovação e digitalização, responsabilidade ambiental e apetência urbana. Inovador e digital porque está equipado com o bem integrado sistema de infotainment OpenR Link da Renault e até pela interface com o assistente virtual Reno, que inclui comandos de voz e responde com prontidão a uma série de pedidos; e com apetência urbana devido ao seu eficiente desempenho – ao longo do ensaio, e considerando apenas circulação em cidade, a FLEET MAGAZINE registou uma média de 12,6 kWh/100 km.

Impressões

Embora possua um distinto caráter utilitário, o Renault 4 perfila-se como uma solução versátil para transporte de cargas ligeiras ou, por exemplo, equipas de apoio logístico ou esquemas de mobilidade corporativa – veículo de pool. A isso alia uma imagem única e apelativa, capaz de convencer o mais cético dos user choosers.

Custo de aquisição, valores de renting e características do Renault 4 E-Tech elétrico Iconic autonomia conforto

Custo de aquisição30.125 euros + IVA
Renda 36 meses754 euros + IVA
Renda 48 meses676 euros + IVA
Motor elétrico150 cv
Binário máximo245 Nm
Consumo combinado15,6 kWh/100 km
Bateria52 kWh (úteis)
Autonomia397 km (combinada)
Carga máxima AC11 kW
Carga máxima CC100 kW
*Valores Ayvens. Quilometragem técnica máxima: 200.000 km – Serviços incluídos: aluguer/IUC/seguro (franquia 4%)/manutenção/gestão de frota/pneus ilimitados/veículo de substituição