Confiar no sucesso
O Captur está mais “SUV”. Tem a identidade renovada, ligeiramente mais volume e, decididamente, ganhou mais presença. Mas subjaz uma linha de continuidade para manter a lealdade e confiança de quem fez deste carro um sucesso nacional e europeu
As dimensões não alteraram substancialmente mas os retoques bem conseguidos no exterior – essencialmente concentrados nas zonas dianteira e traseira – dão a sensação de um Captur mais adulto e robusto.
Já no interior, uma verdadeira revolução. Foram mantidas algumas características de funcionalidade como as calhas que permitem o banco traseiro deslizar e permitir assim que a capacidade de mala varie entre os 377 e os 536 litros com os cinco lugares (até 1.275 litros e um comprimento máximo de carga de 1,57 metros com os encostos traseiros rebatidos), bem como o peculiar porta-luvas em forma de gaveta.
Sensorialmente o Captur parece ter crescido mais do que os poucos centímetros que ganhou. Sobretudo quando visto de traseira. Atrás desta porta está uma bagageira com fundo duplo que pode chegar aos 536 litros
Porém, ao adotar o moderno e muito bem concebido tablier do novo Clio, centrado num vistoso ecrã tátil vertical de dimensões entre as 7 e as 10 polegadas consoante as versões, o Captur entra numa nova era de modernidade.
Mais evoluído, este ambiente digital com conectividade integrada e a possibilidade de se envolver com algumas funções do smartphone do condutor, de projetar as imagens da câmara traseira ou de controlar o sistema Multi-Sense, por exemplo. Não integra, felizmente, algumas funções do sistema de climatização, que continua a poder ser operado através de comandos físicos.
Uma “continuidade” muito melhorada
Seguindo o velho princípio de que “em equipa que ganha não se mexe”, a Renault manteve praticamente inalterada as capacidades dinâmicas do Captur.
Isso é em parte verdade porque sendo um pouco mais alto do que o Clio, consegue manter o bom desempenho do seu SUV compacto sem sacrificar a capacidade de amortecimento.
A melhoria de qualidade do interior trouxe reflexos positivos para a insonorização e esse facto é suficiente para transmitir uma sensação de evolução do desempenho. Na realidade, sem acrescentar muito em termos dinâmicos (parte da estabilidade deve-se à largura das vias), equipado com o conhecido motor a gasóleo 1.5 dCi, aqui com 115 cv, apenas se constata a obrigatória atualização dos valores de consumo e emissões.
Jogada em vários tabuleiros
Um dos méritos do Captur é saber cativar os ocupantes para uma envolvência familiar. O que, num carro de tão contidas dimensões exteriores – favoráveis à capacidade de manobra – é um trunfo importante. Todavia, a Renault levou esta aposta ainda mais longe, ao conceber e agora manter o Captur como um modelo capaz de agradar a um vasto leque de consumidores, independentemente do género ou da faixa etária.
Consegue isso reformulando as muitas possibilidades de personalização do exterior e do interior, sabendo conservar e até fortalecer o ADN do Captur. Renovado de aspeto e mantida a condução prática e a boa visibilidade para o exterior, além das necessárias atualizações de motor para respeitar emissões, ele passa a poder receber um conjunto de novas tecnologias de segurança, conectividade e assistência à condução, que só se tornaram possíveis de instalar graças à revisão da plataforma que a marca anuncia como nova. E uma dessas tecnologias que é certamente apreciada por quem anda muito em cidade é a câmara 360º, capaz de oferecer uma vista de cima do automóvel, grande facilitadora das manobras de estacionamento urbano.
Impressões
O Captur vai seguramente manter o sucesso apesar do número cada vez maior de concorrentes. A seu favor jogam o histórico e uma presença muito forte da Renault nas empresas, além dos reduzidos custos de utilização deste motor, com provas dadas em termos de fiabilidade.
A concorrência desta versão pode contudo vir a ser interna. Porque principalmente para empresas e devido aos benefícios fiscais, está prometida para meados deste ano uma versão híbrida “plug-in”, o primeiro carro da marca com esta solução mecânica.
Dotado de motor 1.6 a gasolina e dois motores elétricos, o Captur E-TECH Plug-in tem autonomia elétrica anunciada para 45 quilómetros.
Preço, rendas, consumo e motor
- Custo de aquisição:
24.763 euros *
- Rendas
574,67 euros (36 m) *
530,01 euros (48 m) *
- Consumo médio e emissões:
4,8 l / 100Km
125 gCO2/km
- Dados do Motor:
Diesel, 4 cilindros / 1.461 cc
115 / 3.750 cv/rpm
260 / 2.000 Nm/rpm
(*) Valores LEASEPLAN. Quilometragem anual contratada: 30.000 kms – Serviços incluídos: aluguer/iuc/ seguro (franquia 4%)/manutenção/ gestão de frota/ pneus ilimitados/ veículo de substituição – quilometragem técnica máxima: 200.000 kms