Genética de um familiar
Como o Suzuki Across, o Swace resulta de uma parceria com a Toyota. Da carrinha Corolla para o Swace pouco muda além dos símbolos e a gama não podia ser mais simples: um só motor, dois níveis de equipamento.
A necessidade de ter um leque de produto em condições de poder cumprir com os limites de emissões, explica o facto de a Suzuki apresentar na Europa dois modelos que são, na essência e no conteúdo, dois carros da Toyota.
Outra razão, não menos importante, é poder preencher duas lacunas na grelha de oferta para o mercado europeu.
Este pragmatismo não diminui o crédito da Suzuki e os exemplos de partilha são cada vez mais frequentes na indústria automóvel.
Ainda que talvez não com este grau de parecença, uma vez que, retirando os símbolos da marca e pouco mais, o Swace é afinal uma versão gémea do Toyota Corolla SW.
Por regra, as carrinhas são a tipologia automóvel mais capaz de conjugar eficazmente fatores como dinâmica e eficiência com habitabilidade.
A Swace não foge a esta regra e, naquilo porque uma carrinha geralmente é julgada, propõe 596 litros de volume de mala. Mas se esta capacidade está alinhada com as melhores propostas do segmento e os 1,86 metros de comprimento disponíveis depois de rebatidos os encostos do banco traseiro (atingindo 1.232 litros de capacidade total) também merecem destaque, o acesso ao banco traseiro surge condicionado pelo ângulo de abertura das portas, apesar do espaço em largura de ombros e para os joelhos dos que aqui se sentam até ser bastante aceitável.
Impressões
Para empresas que baniram ou estão a banir o gasóleo das frotas de ligeiros de passageiros, as opções híbridas surgem como uma alternativa viável, por razões que se se prendem com o limite de emissões.
Ora, se a dinâmica do Swace está muito dependente das preocupações do condutor em relação aos consumos, os consumos estão igualmente muito dependentes da intenção do condutor em relação à dinâmica.
Reconhecida que é a eficiência do seu sistema híbrido de origem Toyota, uma conduta consciente permite obter com facilidade médias em redor dos 5,5 litros.
E a verdade é que, da posição de condução ao traço do painel de bordo, a carrinha Swace transpira um ADN de carro familiar mais convidativo a viagens tranquilas.
A transmissão de variação contínua evolui de forma suave com esse tipo de condução e o seu caráter ruidoso em regimes mais elevados do motor também não convida para estilos de condução mais ativos.
Contudo, ao dispor está a possibilidade de selecionar entre três modos de condução: Eco, Normal ou Sport; o primeiro particularmente indicado para cidade, o último para conseguir manter alguma dinâmica e obter resposta rápida em estradas sinuosas.
Com 122 cv, o motor elétrico com 53 kW do conjunto híbrido é alimentado por uma pequena bateria que permite viajar em modo 100% elétrico não mais do que um par de quilómetros.
Havendo energia, o arranque processa-se nessa condição e o botão EV, que força essa movimentação, pode ser útil para vencer os momentos de “pára-arranca” urbano, tão pouco eficientes no que toca a consumo de combustível.