Os mais de 100 km de autonomia real de condução em modo elétrico garantidos pelo novo Tiguan PHEV trazem uma nova importância às versões híbridas plug-in. Principalmente para empresas que estão a enfrentar dificuldades na transição para a mobilidade sem emissões

A silhueta da nova geração do Tiguan, um dos modelos com mais sucesso da marca, é apenas um par de dedos mais comprida do que a do seu antecessor. A habitabilidade não difere muito por causa disso e o banco traseiro mantém a possibilidade de poder deslocar-se para a frente ou para trás, de forma a poder comutar a capacidade da bagageira ou o espaço para os seus ocupantes.

No interior, há grandes alterações visuais e funcionais. Pode contar-se com um tablier sem pontos de contacto com o anterior, mais moderno e mais informativo, mais digital e táctil no acesso às funções, o que obriga a navegar entre menus digitais para aceder a alguns comandos, como os de climatização. Mas, felizmente, a Volkswagen evoluiu nesse capítulo e tornou o funcionamento do ecrã central táctil mais intuitivo.

O comando do sentido de marcha do Tiguan passou a ser feito através de uma manete à direita do volante, atrás do qual existem patilhas para controlar manualmente a caixa de seis velocidades. Isso permitiu libertar espaço para outras funções na consola central (por exemplo, carregador wireless para o telemóvel), que antes era ocupado pelo volumoso manípulo de marcha e por comandos de controlo da ventilação.

Testado na versão plug-in menos potente, de 204 cv (há uma outra com 272 cv), dependendo da geografia do terreno e do tipo de condução praticada, o Tiguan PHEV pode ficar perto dos 120 km de condução puramente elétrica anunciados pela marca. Sendo a solução menos potente e impulsiva, mas também a mais acessível em matéria de preço, a combinação de motor reforça o caráter familiar do Tiguan: não cansa em viagens mais longas, garante espaço, mesmo de bagageira apesar da presença de uma bateria sob o seu piso (490 litros), tem um desempenho honesto, reações seguras e previsíveis e é, acima de tudo, eficiente.

A título de exemplo, numa viagem de 250 km, com pouco percurso urbano e um misto de estrada e auto-estrada, foi possível percorrer 112 km em modo elétrico, completando o restante em modo híbrido. No final do trajeto assinalava um consumo misto de 2,7 l/100 km.

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Impressões

Campeão de vendas da marca alemã, o Tiguan é ideal para quem procura um SUV familiar com uma condução prática e bastante natural, eficiente e com aparência refinada, mesmo nesta versão que dispõe de menos equipamento. Para empresas, o Tiguan com motor plug-in reúne dois benefícios: uma autonomia elétrica bastante confortável e custos de utilização reduzidos, em grande medida possíveis com um maior incentivo à utilização do modo elétrico. Pode acrescentar-se um outro no caso de a medida ser aprovada no Orçamento do Estado para 2025: os encargos com a viatura passam a ser tributados pela taxa a aplicar no primeiro escalão da Tributação Autónoma, ou seja 2,5%!

Como a maioria dos modelos híbridos plug-in mais recentes do grupo alemão, o SUV da VW conta com motores mais eficientes e uma bateria de tração maior: agora com 19,7 kWh, enquanto anteriormente os 57 km de autonomia anunciada eram alimentados por uma bateria de 13 kWh. A bateria permite carregamento rápido de até 50 kW, podendo carregar a 100% em menos de uma hora, dado que, por razões de segurança e de proteção contra o sobreaquecimento da bateria, a velocidade de carregamento não é constante. Além de aceitar carregamento rápido até 50 kW em corrente contínua, o Tiguan pode também carregar até 11 kW em corrente alternada.

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