A expetativa era enorme sobre o novo XC40 e aquilo que pudemos apreciar da viatura veio confrmá-la.
Depois da viragem para a marca que foi o investimento da Geely e o lançamento do XC90, a sucessão de produtos que daí veio, mostrou que a Volvo está de regresso aos seus valores mais reconhecidos: segurança, conforto e utilização prática e virada para as famílias.
O XC40 vem responder a tudo isto e mostrar como a marca está mesmo a posicionar-se no
segmento premium, neste caso até talvez ultrapassando os seus concorrentes diretos.
Produzido na fábrica de Ghent, na Bélgica, este SUV utiliza a plataforma CMA (Compact
Modular Architecture) e afrma-se como uma viatura de carácter marcadamente urbano, como a própria marca o quer comunicar.
Em termos de qualidade de construção, o Volvo XC40 não facilita e aparece com detalhes
que já conhecíamos de modelos de segmentos superiores.
Uma das maiores preocupações foi o desenho do interior, para que os espaços de arrumação fossem os mais condignos possíveis e adaptados às necessidades dos clientes atuais.
Como um dos designers responsáveis pela viatura disse, um interior organizado ajuda a ter uma condução mais focada.
Pormenores como o pequeno compartimento para resíduos (quem nunca precisou de ter um espaço dedicado para deitar fora os seus pequenos papéis…), fazem deste XC40 um automóvel altamente funcional, indo de encontro ao objetivo de fazer viaturas que as pessoas gostem e que possam fazer parte do seu dia-a-dia.
Outro detalhe foi o aumento de espaço de arrumação nas portas, conseguido com a mudança das colunas Harman Kardon para outra zona. À semelhança do que já está a acontecer com outras ofertas no mercado, mesmo de outros segmento, há espaço para deixar o telemóvel a carregar sem fios.
A Volvo aposta no seu sistema de infotainment apoiado sobre a tecnologia Android (recentemente, anunciou uma parceria de dois anos com a Google para mais desenvolvimentos), mas este é talvez um dos pormenores que gera menos consenso.
Se a substituição de botões por écrans tácteis tem a suas virtudes, o facto de sermos obrigados a percorrer o écran para acertar com os controles é exagerado.
Por outro lado, o espaço que o condutor e os restantes ocupantes tem à sua disposição é mais do que suficiente e bem alinhado com a expetativa que se cria do exterior.
Ainda quanto a volumetria, a ocupação disponível na bagageira está em linha com a que se encontra para uma viatura deste segmento, com uma solução especialmente engenhosa para os sacos de compras.
A versão conduzida pela FLEET MAGAZINE trazia o nível de equipamento Momentum, com
praticamente todos os packs e opcionais.
Ou seja, IntelliSafe Pro, Light, Park Assist, Xenium, Business, Connect e Versatility Pro, alarme, fecho de segurança elétrico das portas traseiras, bancos dianteiros aquecidos e lava-faróis, tudo estava incluído no modelo testado.
As tecnologias de segurança, conectividade e infotainment provém já das gamas 90 e 60 e vão acrescentar um valor, como se esperaria e acontece noutras marcas premium, significativamente elevado ao preço base.
Nas tecnologias de assistência à condução, área onde a Volvo quer deixar a sua pegada, destaque-se Pilot Assist System, City Safety, proteção e mitigação Run-off Road, alerta Cross Trafc com assistência à travagem e câmara 360º.
As motorizações disponíveis são apenas o D4 a diesel (que testámos) e o T5 a gasolina. Sem querer fcar por aqui e vai introduzir a motorização híbrida e uma versão puramente elétrica.
O XC40 é ainda o primeiro automóvel da Volvo a ter o novo motor de 3 cilindros da marca.
O D4 diesel, com 2.0 l de cilindrada, consegue uma potência de 190 cv e um binário de
400 Nm.
Para os 2250 kg do XC40, revelaram-se suficientes, embora não fosse um motor particularmente surpreendente.
Em vez disso, prefere manter uma disponibilidade de potência segura e alinhada, com um binário constante e bem comportado.
A transmissão é uma Geartronic de 8 velocidade, funcional para desejos até mais complicados.
A importância do lançamento do Volvo XC40 não é apenas pelo carro.
Atenta às novas tendências e sem estar à espera de terceiros, a marca quer acrescentar serviços para os seus clientes.
Um deles, e com algum potencial para frotas, é uma tecnologia de chave digital disponível através do serviço Volvo on Call.
Os condutores do novo XC40 poderão então partilhar a chave do seu automóvel com os colaboradores ou familiares sem ter de entregar uma chave física.
Depois, o “Care by Volvo”, um conjunto de serviços onde se conta abastecimento de combustível, lavagem da viatura e entrega de compras diretamente na bagageira através de chave eletrónica.
O importador garante a ativação do serviço até ao final do ano.
O prémio para Carro do Ano Internacional (em Portugal foi outra marca que venceu) veio
coroar as qualidades indiscutíveis que o XC40 tem.
Trata-se de assentar num espaço onde as outras marcas premium já se movem com algum à-vontade, com as suas soluções próprias e fatores de diferenciação bem definidos.
Aliando a isto o trabalho que está a ser desenvolvido nos valores residuais e nas rendas junto das gestoras de frota, este pode bem ser mais um passo para o bom caminho da Volvo junto das empresas.
Preço, rendas e características
44.086 Euros*
661,53 €/mês (36m)*
638,97 €/mês (48m)*
5,1 l / 100Km
133 gCO2/km*
4 / 1.969 cc
190 / 4.000 cv/rpm
400 / 1.750-2500 Nm/rpm