Um modelo completamente novo e não uma versão reduzida dos SUV maiores da marca. Novo em pormenores de estilo, como nova é também a plataforma que estreia, preparada para receber todos os tipos de mecânica, incluindo a 100% elétrica

A Volvo não caiu na tentação de replicar, à escala do segmento do XC40, o formato dos XC60 e XC 90, os SUV de maior dimensão da marca sueca. Apesar de conservar pormenores identificadores da marca – a iluminação é uma delas –, existiu a preocupação de recriar linhas, mirando um público diferente, mais jovem e urbano, mais conectado e mais interativo.

Atenta às novas exigências ambientais, desenvolveu uma nova plataforma modular que, além de receber motores a gasolina e a gasóleo, pode albergar soluções híbridas elétricas e uma versão totalmente eletrificada.

A versão testada é a mais económica, com o motor a gasóleo de 2,0 litros: D3 de 150 cv com caixa manual de 6 velocidades e jantes de 17’’, com um nível de equipamento destinado a permitir um preço para empresas abaixo dos 35 mil euros. Contudo, além de garantirem emissões reduzidas de CO2, estas rodas contribuem também para tornar mais confortável esta versão face às de jante 18, graças ao perfil mais elevado do pneu.

Interiormente não parecem existir muitas concessões: continua presente o vistoso ecrã digital táctil de 12,3’’, ao alto e bem ao centro do tablier, a partir do qual se comandam o sistema de som, a ventilação, a navegação e as variadas ajudas à condução incluídas nesta versão, ou onde se visionam as imagens da câmara traseira, um extra que faz parte do pack Business. De resto, a qualidade elevada dos materiais concorre com o bonito e moderno desenho do interior. Em matéria de habitabilidade, para um SUV compacto, este é um dos melhores em termos de espaço traseiro e capacidade de mala: 460 litros, com pormenores de funcionalidade pensados para tornar mais prático e seguro o acondicionamento da carga.

Impressões

O Volvo XC40 D3 foi um dos concorrentes à edição 2019 dos Prémios Fleet Magazine, patrocinados pela INOSAT, na categoria Viatura entre os 25 e os 35 mil euros.

Será mais cómodo dirigi-lo com transmissão automática.

Porém a caixa de seis velocidades, suave e precisa, vai lembrando, através de um vistoso aviso na linha do olhar, quando devemos trocar de mudança, para obter, ou melhor rendimento, ou melhor desempenho, consoante o estilo de condução previamente escolhido.

De entrosamento imediato, a posição de condução elevada facilita a visibilidade, sendo o XC40 um carro realmente muito fácil de manobrar, mesmo em cidade.

Em estrada e em velocidade revela-se igualmente seguro, apesar da maior altura do pneu – sem dúvida a solução mais confortável e mais económica –, com reacções previsíveis e controladas a cada curva ou manobra brusca.

Sendo de longe a menos dinâmica das versões do Volvo XC40, a direcção e suspensão bem calibradas contribuem para reforçar toda a segurança do conjunto.

Que é, afinal, a verdadeira essência de um Volvo.