“O C4 mais sereno e elegante de sempre”. É assim que a Citroën apresenta o C4, a sua renovada berlina do segmento C, já disponível para encomenda em Portugal, e com uma edição especial pensada especificamente para empresas, a Business Edition.

De olhos postos no topo das vendas de ligeiros novos do segmento C, onde diz querer continuar a estar, a Citroën traça um novo caminho para a família C4: combina o arrojo do desenho original, mas acrescenta-lhe “simplicidade e coerência” no seu design.

Num primeiro contacto com o C4 (nas suas versões híbrida e 100% elétrica), foi notória a simplificação de todo o conceito do automóvel, que se apresenta como uma proposta fácil de conduzir, confortável, bem equipada tecnologicamente e a um preço acessível (a variante Business Edition híbrida está à venda em Portugal por pouco mais de 31.800 euros).

Para conhecer mais acerca do produto e do seu posicionamento junto das empresas, a FLEET MAGAZINE conversou com Pierre-Yves Couineau, Product Manager dos Citroën C4 e C4 X durante a apresentação internacional dos modelos, que teve lugar na província catalã de Sitges, perto de Barcelona.

A expectativa para o C4 quanto a 2025, diz a marca, é que o mix de empresas ronde os 50%. Um carro que sabe, por isso, o seu lugar no canal B2B.

Um produto muito importante para as empresas

O C4 é efetivamente um produto-chave da marca junto do mercado empresarial. “Por um lado, porque temos uma gama bastante completa em termos de motorizações”, começa por explicar Pierre-Yves Couineau, sustentando essa afirmação com a eficiência de todos os conjuntos motopropulsores propostos na gama, nomeadamente os eletrificados.

Depois, o responsável diz que a Citroën quer fornecer às empresas um carro acessível. “A acessibilidade é, do meu ponto de vista, um fator fundamental na essência deste veículo”. Uma das razões para esta afirmação assenta na construção do C4 ter por base uma silhueta multienergia, algo que o torna “simples e fácil de compreender para os clientes” e esse é um dos principais pontos fortes da marca: “sermos capazes de obter tecnologia acessível, mas mantendo por outro lado todo o conforto necessário para um utilizador profissional”.

O segmento C é fundamental para o cliente B2B. Como é que a Citroën se vai posicionar com este renovado C4?

Respondemos a todas as exigências dos clientes profissionais: conforto, tecnologia e segurança.

Mesmo que não tenhamos o carro mais tecnológico, estamos a incluir no C4 as ajudas à condução que são esperadas e aliamos esse nível de segurança a dois pontos que também considero essenciais na oferta B2B: acessibilidade e eletrificação.

Temos um carro com a tecnologia e o conforto que o cliente espera, com acabamentos interiores que combinam materiais modernos e apelativos, aliados a uma estratégia de eletrificação bem definida.

Tenho a certeza que isso faz a diferença junto das empresas!

Sabemos que a Citroën é uma marca com uma forte presença nas empresas. Que tipos de desafios estão a enfrentar relativamente aos residuais?

Penso que no passado a Citroën era vista como um fabricante que talvez desse demasiada importância aos descontos. Agora, o nosso objetivo é sermos capazes de praticar os preços mais justos. Essa é a nossa estratégia no que toca a preços – já posta em prática inclusivamente com o novo C3 -, conseguir praticar um bom valor sem ter de recorrer a descontos mais elevados. Sei que estamos a trabalhar muito bem em termos de valor residual. Não digo que não haja descontos, porque neste canal temos sempre a necessidade de fazer alguns ajustes quando se trata de encomendas de maior volume… também para tornar o produto mais atrativo.

Olhemos para o C4 X, por exemplo, que representa cerca de 30% da produção na fábrica da Citroën em Madrid (em parte devido à procura de mercados com o turco, por exemplo). Estes volumes ajudam-nos a tornar a gama C4 mais competitiva, porque diminuímos o preço de produção do carro com o único propósito de, simultaneamente, diminuir o seu preço de aquisição. Assim, podemos apresentar ao cliente um carro com uma estratégia de desconto menos agressiva, mas a um preço mais estável.

Como espera que o renovado C4 se comporte relativamente ao seu antecessor?

Penso que a evolução em termos de design é muito diferente. Queríamos um carro mais moderno, mas ao mesmo tempo mais simples.

Com este C4 quisemos ser diferentes, mesmo estando a oferecer boa tecnologia, boa eletrificação, o melhor conforto do mercado e a tentar conseguir algo que seja bastante atrativo e inteligente em termos de acabamentos no interior.

No fim de contas, penso que esta é a melhor forma de ‘ser diferente’.

Pierre-Yves Couineau

Falou várias vezes sobre conforto…

É o ADN da Citroën.

Para mim, combinar suspensão e assentos numa fórmula vencedora é um dos mais atrativos pacotes que a Citroën pode oferecer a um cliente B2B.

Até em termos de valor residual. Por exemplo: no passado, criámos sistemas de suspensão muito confortáveis, sim, mas que tinham custos de desenvolvimento muito altos. Agora, com o Citroën Advanced Comfort, criámos um sistema que é muito mais simples, pequeno, e barato de produzir.

Em suma, o que importa é proporcionar um conforto fantástico ao condutor e ocupantes, e é isso que queremos continuar a fazer.

Interior do Citroën C4