Um estudo da Associação de Leasing e Factoring sobre leasing mostra que a aquisição de viaturas é um dos principais motivos para utilizar este instrumento de financiamento, superado apenas pela compra de maquinaria.
O renting também é abordado, mas os autores do documento, realizado pela Universidade Católica, dizem que amostra para este tipo de financiamento ainda é baixa, pelo que as conclusões ainda carecem de outro tipo de validação.
Os veículos a motor são claramente um dos tipos de bens mais procurados por este sistema. Na amostra do estudo, que se referia a cerca de 900 pequenas e médias empresas, o volume de investimento em leasing e renting atingiu cerca de três milhões de euros. Se para o leasing o investimento alocado por estas empresas foi de dois milhões de euros, no renting foi de um milhão.
O tipo de veículo mais comprado nestes sistemas é o ligeiro (87%). Os comerciais pesados representam 7% das respostas e os restantes 6% outro tipo de viaturas. Quanto ao valor médio dos veículos adquiridos ronda os 44 mil euros. Mas novamente ocorre uma distinção entre aqueles financiados em leasing e renting. Se, no primeiro caso, o valor médio financiado é de 52 mil euros já no renting é substancialmente mais baixo, em 34 mil euros.
O estudo fala também nos canais de acesso ao leasing. Mais de 62% das PME inquiridas escolhem a banca ou outra instituição financeira como canal de acesso a este financiamento. Os restantes vão por sugestão de vendedores, distribuidores ou produtores de equipamento.
Os autores do estudo procuraram ainda fazer uma análise mais fina, limitando às empresas que afirmaram utilizar renting, que foram apenas 24. Uma das diferenças verificadas foi que a opção de agregar serviços à aquisição assume agora uma relevância muito maior nas empresas que recorrem ao renting.
A adaptabilidade, a dispensa de garantias adicionais, a gestão de tesouraria, a previsibilidade e os menores custos são os cinco motivos principais paras se utilizar renting, que já o eram também para o leasing. A grande diferença está na possibilidade de agregar serviços com a aquisição, que é invocada mais vezes como um fator para recorrer a este serviços do que no leasing.
Para quem não recorre mais ao renting, a principal razão invocada foi de que não é opção para os ativos de que necessita. Trata-se de uma resposta semelhante à das empresas que não utilizam leasing, tal como o facto de conseguirem um melhor preço de compra.
Nos canais de acesso, houve também algumas diferenças expectáveis, de acordo com os autores do estudo. Os vendedores e distribuidores de equipamento tornam-se mais importantes, passando para perto de 40% das respostas, quando no leasing eram apenas de 35%.
Este resultado é conseguido em detrimento da banca e outras instituições financeiras, que passam de 63% para 57 por cento. O estudo refere mesmo o seguinte: “Era previsível que o renting, podendo estar mais associado à aquisição de viaturas, fosse mais acessível pelos vendedores do que o leasing financeiro”.
(originalmente publicado na edição nº 17 da Fleet Magazine. Veja o PDF aqui)