A Comissão Europeia apresentou a proposta que regula a norma Euro 7, mas ela está ainda dependente da análise e aprovação do Parlamento e do Conselho Europeu. Se for aprovada é para vigorar já a partir de meados de 2025.
Tendo como principal objetivo uniformizar a regulação de emissão de gases poluentes no transporte rodoviário, independentemente de se tratarem de veículos ligeiros ou pesados, a proposta de regulação da nova norma Euro 7 vem acrescentar exigências significativas à indústria automóvel europeia.
A Comissão Europeia justifica a necessidade desta nova regulamentação com o propósito de garantir veículos mais limpos nas estradas europeias, melhorando assim a qualidade do ar, uma vez que o “transporte rodoviário é a maior fonte de poluição nas cidades”, lê-se na proposta apresentada.
Para tal, a Comissão Europeia espera que esta norma contribua para:
- Redução de emissões de NOx em 35% em ligeiros de passageiros e de mercadorias;
- Redução de partículas de gases de escape em 13% em ligeiros de passageiros e de mercadorias;
- Redução de partículas emitidas pelos travões em 27%, também em ligeiros de passageiros e de mercadorias.
A entidade europeia espera também que estas reduções tenham impacto no custo dos veículos, mas que tal se deverá situar entre os 90 e os 150 euros [a mais] no preço dos ligeiros.
No caso dos autocarros e camiões, esse valor deverá rondar os 2.600 euros, afirma a Comissão Europeia. Mas “por cada euro gasto em tecnologias para a Euro 7, mais de cinco euros são poupados em saúde e no ambiente”, acrescenta.
Algumas novidades da norma Euro 7
Em vigor para todos os ligeiros de passageiros, ligeiros de mercadorias, camiões e autocarros:
- Regra única nos limites dos poluentes, independentemente do tipo de veículo ou combustíveis;
- Regra nas emissões dos microplásticos poluentes dos pneus;
- Limites para as emissões de partículas emitidas pelos travões;
- Ligeiros de passageiros e de mercadorias têm de se manter em conformidade com a norma Euro 7 até aos 200 mil quilómetros e 10 anos de idade (dobro do que era estipulado pela Euro 6);
- Sensores digitais instalados nos carros para medirem as emissões ao longo da sua vida útil;
- Testes de emissões poluentes mais exigentes.
Especificamente para veículos elétricos e híbridos plug-in:
- Durabilidade das baterias será alvo de regulação. Garantia de 80% da capacidade inicial da bateria ao fim de 100 mil quilómetros de condução ou cinco anos.