As exportações de Componentes para Automóveis caíram 10% em janeiro.

A exportação nacional de componentes automóveis regista assim a primeira quebra numa série de seis meses de subidas consecutivas.

Relativamente ao período homólogo de 2020, as exportações de componentes automóveis recuaram para os 814 milhões de euros, mesmo depois de dezembro de 2020 ter sido “o melhor mês de sempre”, diz a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.

Segundo a AFIA, a queda deve-se, especialmente, às medidas que os países europeus tomaram para mitigar a propagação da COVID-19.

Para isso em muito contribuíram o confinamento e o encerramento dos stands de vendas de automóveis, por exemplo.

Também o Brexit contribuiu para esta queda, uma vez que as exportações para o Reino Unido caíram quase 50%, e a escassez de semicondutores afeta a atividade dos construtores de automóveis – algumas fábricas europeias tiveram mesmo de suspender temporariamente a produção.

No que respeita aos países de destino das exportações de componentes, este é o top e seus respetivos desempenhos no mês de janeiro deste ano:

  • Espanha: 261 milhões de euros (-2,6%);
  • Alemanha: 153 milhões de euros (-10,8%);
  • França: 104 milhões de euros (-8,7%);
  • Reino Unido: 41 milhões de euros (-46,8%).

Estes quatro países representam 69% do total das exportações portuguesas de componentes automóveis.

Segundo a AFIA, a indústria de componentes para automóveis em Portugal emprega diretamente 60.000 pessoas. Fatura anualmente cerca de 10,8 mil milhões de euros (números relativos a 2020) e tem uma quota de exportação superior a 80%. Representa 5,6% do PIB, 8,6% do emprego da indústria transformadora e 16,1% das exportações nacionais de bens transacionáveis.