É um dos mais assinaláveis regressos ao mercado automóvel, mais concretamente ao segmento B. Um carro com uma história ímpar na Europa, que chega agora a Portugal em versões híbrida ou 100% elétrica: o novo FIAT Grande Panda.
O primeiro FIAT construído sobre a Plataforma Smart Car da Stellantis (na qual assenta também o novo Citroën C3) já chegou a Portugal. Aquele que pode ser chamado de “primogénito da nova família FIAT” tem a seguinte estrutura de preços:
Elétrico
- (Grande Panda)RED por 23.550 euros (versão de compromisso, responsável e solidária)
- Grande Panda “La Prima” por 26.550 euros (versão totalmente equipada)
Hybrid
- Grande Panda Pop por 18.600 euros
- Grande Panda Icon por 20.100 euros
- Grande Panda “La Prima” por 22.600 euros
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Uma marca com passado, presente e futuro. E o FIAT Grande Panda faz parte desse futuro
Artur Fernandes, diretor das marcas FIAT e Abarth no mercado ibérico, dizia na apresentação do Grande Panda à imprensa que este modelo vai ajudar a FIAT a “dar a volta”, depois do conturbado período que a levou a terminar a produção de modelos emblemáticos (Fiorino, Tipo e até o 500).
“É um modelo que traz imensa alegria e felicidade”, dizia Artur Fernandes.
Mas, face às circunstâncias do mercado, não será forçado falar de felicidade?
Artur Fernandes diz que não e esclarece: “a FIAT tem 125 anos de história… e vai estar por cá outros 125”.
A representação dessa realidade é mesmo o desempenho da marca italiana, que é, pelo quarto ano consecutivo, desde a fusão da FCA com a PSA, a marca mais vendida dentro do agora grupo Stellantis.
“Grande” não significa necessariamente grande
O Grande Panda tem “grande” no nome, mas apenas isso. O tamanho compacto mantém-se tal e qual o modelo ao qual foi buscar inspiração. Tem menos de quatro metros de comprimento (3,99 m), um valor que a FIAT diz ser abaixo da média do segmento, 1,57 metros de altura e 1,76 metros de largura (sem incluir espelhos retrovisores). E tudo isto com a capacidade de acomodar até cinco passageiros.
Assim, o Grande Panda é um carro compacto de segmento B que a FIAT nomeia de “veículo familiar”. Poderá estranhar-se, mas a verdade é que há espaço de sobra nos bancos traseiros, mesmo contando com passageiros.
No capítulo da arrumação, o Grande Panda conta com compartimentos de 13 litros no tablier, dos quais 3 se encontram num único compartimento de arrumação.
Com tudo isto, importa ainda salientar o design, que a FIAT diz ter sido concebido para ser simples, mas funcional e surpreendente, ao mesmo tempo que reivindica a “italianidade” de que a marca se orgulha, graças à natureza icónica do veículo.
Duas motorizações, a mesma ‘Felicità’ italiana
Grande Panda elétrico
Disponível numa variante zero emissões, o Grande Panda elétrico está equipado com um pack de baterias com 44 kWh de capacidade e um motor elétrico de 113 cv. É capaz de percorrer 320 km com uma só carga (em ciclo combinado WLTP) e precisa de 11 segundos para ir dos 0 aos 100 km/h.
Um dos grandes atrativos deste modelo é o cabo de carregamento retrátil. Funcionalidade já patenteada pela FIAT, este cabo é único no mercado de automóveis elétricos e vem resolver o “problema” com que muitos utilizadores da mobilidade elétrica se deparavam: o sujar as mãos ao pegar no cabo de carregamento do automóvel, cabo esse que ocupava espaço precioso na bagageira.
Assim, o modelo está equipado com este cabo retrátil AC, integrado na frente, mas conta com uma porta de carregamento traseira. Este cabo pode carregar até 7 kW, completando assim uma carga de 20% a 80% em 4h20.
Mas para os clientes que procurem mais potência de carregamento, pode ser escolhida uma porta de carregamento traseira de 11 kW. Esta opção prescinde do cabo de carregamento retrátil. O tempo de recarga entre os 20% e os 80% é de 2h50.
Para ambas as soluções está incluída uma porta de carregamento rápido DC standard na traseira, com uma potência de carregamento de 100 kW.
Pode incluir o serviço e-ROUTES (também disponível noutra marca do grupo), que orienta os condutores para as estações de carregamento mais próximas e que estejam disponíveis, tudo isto consoante as necessidades de autonomia.
Grande Panda Hybrid
Equipado com um motor turbo 1.2 litros com três cilindros que debita uma potência de 100 cv, este modelo conta com uma bateria de 48V e transmissão eletrificada de dupla embraiagem (eDCT) de seis velocidades. Inclui ainda um motor elétrico de 21 kW (29 cv) – com esta potência elétrica adicional, a FIAT diz que o carro melhor significativamente o seu desempenho a baixas rotações e durante a aceleração, “proporcionando um arranque suave e silencioso, bem como transições responsivas”.
Quanto a emissões de CO2 deste modelo, ficam-se entre os 115 e os 117 g/km (consoante o nível de equipamento).
Com a função e-launch, que permite arranque em modo 100% elétrico, o Grande Panda Hybrid perfila-se como uma companhia ideal para quem ainda não está preparado para fazer a transição para um veículo 100% elétrico e procura um carro que, em circuito urbano, se comporte como um elétrico. A FIAT diz mesmo que em velocidades inferiores a 30 km/h, consegue garantir até 1 km de autonomia. Mas não só… o motor elétrico também é ativado em estrada plana ou em autoestrada com inclinação descendentes, quando o condutor liberta o pedal do acelerador.