As gestoras de frota dizem ter o financiamento das suas actividades garantido.
José Madeira Rodrigues, da Arval, admite que existe algum risco neste momento, mas que tem os financiamentos necessários.
Maurício Marques, da Locarent, diz que o custo do dinheiro se alterou, mas que a rede de distribuição da gestora (constituída pelos balcões do Banco Espírito Santo e Caixa Geral de Depósitos) está bem implementada.
Guillaume de Leóbardy, da ALD Automotive, refere que, mesmo tendo o apoio de um grande grupo bancário (o Societé Générale), o custo do dinheiro não é comparável ao que foi no passado.
E, para a Leaseplan, a estrutura acionista sólida permite-lhe aceder a financiamento a um custo que Ricardo Silva definiu como “interessante”.
As opiniões foram dadas à margem de uma reunião promovida pelo Vida Económica, em Lisboa.
O pior são os clientes. A Arval quer ajudar quem pode ser ajudado. “O banco é prudente”, disse José Madeira Rodrigues. Da Locarent, também há essa perceção. “Sentimos mais dificuldades por parte dos clientes, mas temos condições privilegiadas para monitorizar o risco devido à nossa ligação com os bancos. E, com esses indicadores, conseguimos apontar outras soluções”.
Na ALD Automotive, olha-se também com cuidado para as empresas que adquirem frota. “O maior desafio vai ser a capacidade de aceitar clientes com dívidas altas e níveis de rentabilidade baixa”, disse o director-geral da gestora.
Mas, embora estas gestoras tenham dito que não havia risco, Oliveira Martins, da Associação de Leasing e Factoring advertiu que outras associadas não se encontram na mesma posição. “As gestoras de frota mais pequenas correm um risco de crédito diferente das maiores e que já vem de 2008. Nas empresas com presença em multinacionais, o risco não se materializa em perdas efetivas”, explicou.