As carrinhas Mondeo sempre foram avantajadas e transbordaram espaço. A nova geração supera em largura e está recheada de tecnologia
A geração atual do Mondeo não surge apenas de cara lavada e frente condizente com a nova imagem da marca americana.
Ganhou uma grelha que dá imponência a toda a seção dianteira, faróis afilados como olhos de felino e linhas laterais, tensas e musculadas, que enfatizam o lado mais dinâmico desta versão em particular.
Como outros modelos da classe, a vocação da Mondeo SW sempre oscilou entre uma utilização executiva ou como viatura familiar. Em Portugal talvez tenha prevalecido o aproveitamento particular, uma vez que nas frotas das empresas predomina um conjunto restrito de marcas, nomeadamente as ditas “premium”. A verdade é que, em matéria de espaço e de desempenho dinâmico, o Mondeo está entre os mais equilibrados do segmento e a presente geração surge valorizada em qualidade e equipamento.
Tudo isto tem um preço e este pode ser um busílis da questão. O PVP de 42 mil euros da versão ensaiada (ou mais, ao incluir pintura metalizada) eleva-a ao último escalão da tributação autónoma mas, como é por demais sabido, o PVP é… apenas um valor indicativo.
À grande… e à americana!
Esquecendo esta questão menos simpática e debruçando sobre pormenores bem mais agradáveis, como o espaço interior ou o comportamento, dois aspetos reforçados na nova geração.
Desde a primeira geração que poucas “station” da categoria conseguem rivalizar com o espaço interior do primeiro modelo global da Ford, concebido para diversos mercados mundiais, incluindo o americano. Mesmo não esquecendo que isso se deve, em grande medida, à estrutura avantajada da carroçaria.
Quem procura lugar para as pernas dos ocupantes traseiros e largura deste banco, o Mondeo é, seguramente, uma das melhores opções. Esta capacidade é equivalente na berlina de 5 portas, mas a carrinha é favorecida pela menor inclinação do tejadilho.
As duas formas de carroçaria equiparam-se também no espaço de mala – 525 litros na SW -, valor só superado pelo atual VW Passat, afinal, o grande rival deste familiar executivo da Ford no campeonato dos modelos “não premium”.
A qualidade interior evoluiu e evidencia-se na versão ensaiada, que corresponde ao nível máximo de equipamento. Revestimentos suaves e bancos com excelente apoio, além, naturalmente, de muito equipamento de ajuda ao conforto.
A insonorização dá também boa conta de si, quer em relação ao ruído do motor como de rolamento.
Mais agilidade não compromete o conforto e reforça a segurança
A nova unidade diesel de 2.0 litros, com 150 ou 180 cv, é um dos pilares da gama.
Bastante refinada e mostrando uma disponibilidade de binário num regime suficientemente amplo, a entrega da potência não acontece de forma brusca.
A caixa de seis velocidades colabora com a desenvoltura do motor, embora uma quinta e uma sexta mais longas indiciem maior preocupação com os consumos.
Mesmo assim, foi difícil conseguir médias inferiores a 6,5 litros.
O desempenho da suspensão é mais complicado de avaliar e qualquer análise vai depender, e muito, do tipo de condução e utilização esperada da Mondeo SW.
Grande e larga, com uma distância entre eixos ampla mas não maior do que a anterior, esta carrinha beneficia de uma suspensão traseira nova e mais sofisticada.
A nova plataforma recorre ainda a peças mais leves na sua estrutura, para reduzir peso e acrescentar capacidade de torção.
Se em boas estradas tudo isto se reflete favoravelmente sobre a agilidade e não perverte o conforto, o amortecimento mais desportivo que os 180 cv deste motor exigem, acaba por condicionar uma atitude mais cooperante sobre piso irregular.
O que é o “SYNC2” da Ford?
Entre a muita tecnologia que os novos Ford utilizam rumo à condução autónoma estão os sistemas de ajuda à condução como o estacionamento autónomo e outros relacionados com a segurança durante a condução. Uma delas tem a ver com a cada vez maior interação entre o condutor e o veículo permitida pelo “SYNC2”, uma extraordinária evolução do sistema de reconhecimento vocal.
Através de comandos de voz é possível controlar diversas funções do veículo relacionadas com o sistema de áudio e de navegação (indicando a morada de destino, por exemplo), ativar funcionalidades do smartphone emparelhado (procurar um contacto, efetuar uma chamada ou solicitar a leitura de mensagens recebidas) e mesmo comunicar, sempre por instrução oral, a temperatura pretendida para o habitáculo e a intensidade do ventilador.
Tudo isto a partir de um pequeno botão situado no volante, sem necessidade de tirar as mãos do volante, desviar o olhar da estrada, falando sempre em português e sem hesitações significativas do sistema na interpretação das instruções vocais.
Preço:
43.158 Euros*
Rendas:
606,95 €/mês (36m)*
572,96 €/mês (48m)*
Consumos e emissões:
4,5 l/100Km
117 gCO2/km
Características motor:
4/1.997 cc
180/3.500 cv/rpm
400/ 2000-2500 Nm/rpm
(*) Fonte Leaseplan