A Forthing entrou em Portugal pela mão da Solmotor, empresa do Grupo Auto-Industrial, no final do último trimestre de 2024.
A abordagem multi-energias da marca, que já conta com modelos 100% elétricos, híbridos e a gasolina, representa uma filosofia muito verificada nos emblemas vindos do Oriente: entrada de rompante com uma proposta diferenciada, com variadas silhuetas e motorizações, mantendo fiel o compromisso com as zero emissões.
Aí entra o S7, a berlina elétrica que a FLEET MAGAZINE já teve oportunidade de conduzir e que quer competir num mercado já povoado por propostas alemãs com carisma e historial comprovados.
Embora se procure imiscuir no segmento das berlinas, o S7 apresenta-se como um fastback de linhas fluídas. Tão fluídas que, diz a Forthing, possui o coeficiente aerodinâmico mais baixo do mercado (0,191 Cx). Para isso em muito contribuem não só a frente fechada (característica clássica dos veículos elétricos), as maçanetas retráteis das portas, que minimizam o arrasto, a linha do tejadilho, que a partir do pilar B começa a perder altura, e o spoiler traseiro integrado, que otimiza a estabilidade do S7.
De facto, o comportamento em estrada deste elétrico é exemplar, ainda que alguns ruídos aerodinâmicos se manifestem em ambiente extra-urbano, principalmente – e mantendo a segurança ao volante – pouco acima do limite de velocidade.
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A bordo do Forthing S7
O ambiente minimalista – cada vez mais habitual neste tipo de propostas elétricas – contrasta com a tecnologia disponível. Afinal, a responsabilidade de ser porta-estandarte da marca obriga-o a dispor de sistemas de assistência ao condutor (ADAS), todos configuráveis a partir do ecrã central de 14,6”. A este junta-se um painel de instrumentos digital de 8,8”.
O conforto, pelo menos no banco do condutor – o que nos foi permitido testar em andamento – é de nível superior. E mesmo visto tratar-se de um automóvel comprido (4,93 m), largo (1,91 m) e baixo (tem menos de um metro e meio de altura) a posição de condução é prática e de fácil ajuste, ainda que os bancos careçam de algum apoio lateral.
De bagageira, esta berlina elétrica oferece 398 litros de espaço. Rebatendo os bancos, este número aumenta para 1.303 litros. Inclui ainda 114 litros num subcompartimento, debaixo do fundo plano. A estes números junta-se ainda um frunk frontal de 50 litros.
Mecânica
O motor elétrico de 209 cv produz um binário de 310 Nm. É alimentado por uma bateria de fosfato de ferro-lítio com 56,8 kWh de capacidade, capaz de proporcionar uma autonomia combinada (em ciclo WLTP) de 420 km. Em ambiente urbano, este número sobe (anunciado) para até 581 km.
Num carregador rápido de 120 kW, o S7 recarrega a sua bateria de 30% a 80% em 25 minutos.
Ainda que se trate de uma berlina elétrica, seria de esperar uma disponibilidade de potência muito maior. Não é o caso com o S7. A própria Forthing encarrega-se de dizer que ao invés de se “focar em números exagerados de potência para garantir um desempenho de alto nível”, adotou “uma visão inteligente e eficiência”, sustentada no trabalho feito para o tornar num dos “automóveis mais aerodinâmicos do mercado”.
A própria marca sustenta toda a sua visão neste conceito: “proporcionar a melhor experiência de condução, de forma inteligente e eficiente”.
A boa experiência de condução ao volante deste Forthing S7 é conseguida por uma direção adequada e uma suspensão muito bem calibrada, capaz de garantir um conforto de rolamento digno de nota, mas não só: responde com competência e, mais importante ainda, segurança, em momentos de maior exigência em curva.
Preço do S7
É comercializado em Portugal numa única versão de equipamento, com um custo de 43.000 euros (não inclui Despesas de Legalização e Transporte). Apresenta, por isso, um enorme potencial para empresas, uma vez que beneficia da dedução do IVA a 100%, e está isento do pagamento de ISV e da taxa de Tributação Autónoma, uma vez ter um preço muito abaixo dos 62.500 euros (s/ IVA).
A garantia do Forthing S7 é de cinco anos ou 150 mil km. Para a bateria de tração, a garantia é de oito anos ou 160 mil km, desde que com um State of Health (SOH) de 75%.
