berner carlos esteves fleet magazineA maioria da frota da Berner é utilizada pela equipa de vendas. Por isso, o automóvel é considerado parte importante da rentabilidade da empresa. Daí a importância que é à dada à escolha da viatura e da gestora, mas também ao controlo apertado sobre a sua utilização

Enquanto diretor e administrador da empresa, Carlos Esteves tem consciência daquilo que realmente é fundamental para a rentabilidade da empresa.

“O nosso negócio obriga a ter muitas viaturas a circular. Por causa das grandes implicações que tem no orçamento da empresa temos que fazer uma gestão bastante apertada dos custos. É que, além do que pagamos no final do contrato, a rentabilidade do vendedor também conta. E se ele tem que fazer uma determinada produtividade diária, qualquer incidente que obrigue a parar a viatura, nem que seja uma troca de pneus fora do que é normal, custa-nos sempre muito dinheiro”, explica.

“Por isso, quando escolhemos um automóvel ou nos decidimos por uma gestora, o nosso principal objetivo é que a viatura, depois de entrar ao serviço, não pare ou pare o mínimo tempo possível”.

Assim sendo, há três vetores importantes que o responsável da Berner não descura: o historial de uma marca/modelo, uma gestora com uma boa rede de assistência e a responsabilidade que o utilizador deve ter sobre a mesma.

 

Estimular a responsabilidade do (bom) uso da viatura

 

“Estamos atentos ao carro, mas a nossa equipa também é responsabilizada”, realça Carlos Esteves.

Conseguir isto não é fácil. A maioria da frota está nas mãos de vendedores que são obrigados a percorrer milhares de quilómetros por ano. Nem sempre pelas melhores estradas. Por isso, para manter o conjunto de viaturas equilibrado em termos de quilometragem, está previsto na prática da Berner um sistema de permutas entre os seus utilizadores.

“Pode acontecer que a viatura atribuída a um determinado vendedor esteja com uma média elevada de quilómetros, enquanto outra apresenta um decréscimo de utilização. Ou então os critérios de gestão de vendas foram alterados. Nesse caso, temos que fazer uma permuta de viaturas”.

Se essa troca “umas vezes custa mais, outras menos”, a Berner propõe também uma política de incentivos destinada a premiar os melhores vendedores ou aqueles que se revelam mais cuidadosos: “permitimos um ‘upgrade’ da viatura, em alguns casos até para uma versão de passageiros”.

Este sistema de permutas, afiança Carlos Esteves, é extensivo às hierarquias superiores e não apenas aos vendedores.

 

Importância de uma boa assistência

 

berner carlos esteves fleet magazineOs seus mais de 20 anos de experiência na gestão de viaturas ensinaram-lhe também que “o valor da renda não é o mais importante”, mas sim “ter viaturas fiáveis o mais possível”.

Por isso, é fundamental que a gestora disponha de uma boa rede de assistência: “O que me interessa são contratos que garantam um serviço pós-venda abrangente. Mas como este país é absolutamente assimétrico, não há nenhuma gestora capaz de cobrir todo o território. Os nossos carros estão em todo o lado e, por vezes, torna-se necessário fazer muitos quilómetros para uma simples revisão. Se, por causa de uma alteração no processo de fornecedores de uma gestora, o nosso carro de Elvas passa a ter que ir a Évora – e este exemplo é concreto -, obviamente que isto tem custos operacionais para nós. Custos que não estavam contratados ou suportados pela renda do carro”.

“Até no litoral isso acontece. Tenho viaturas de Sines obrigadas a vir a Setúbal porque deixou de haver uma concessão em Sines. Por isso, se tiver que escolher entre duas gestoras e, para os serviços de após-venda, uma trabalhe mais com concessões e outra com redes de assistência rápida, se isso não tiver efeitos sobre a qualidade da reparação, então é óbvio que eu opto por quem me oferecer um serviço de assistência mais rápido e próximo do utilizador da viatura”, assegura Carlos Esteves.

(excerto da entrevista publicada na edição 23 da FLEET MAGAZINE)