André Gonçalves foi o vencedor do Prémio “Gestor de Frota” edição 2018 dos Prémios Fleet Magazine com um projecto de racionalização das necessidades de mobilidade do grupo e maior controlo sobre as despesas através de uma gestão mais atenta dos custos.
Depois de explicado pormenores desse trabalho, quisemos saber quais os projectos, desafios, a preocupação mais importante que o gestor da frota do dstgroup tinha no momento.
Nomeadamente, em matéria de fiscalidade…
A questão da tributação autónoma é talvez o maior desafio fiscal, já que a política da empresa é a de assumir todos os encargos com as deslocações em viaturas da empresa, ou seja, não colocando a viatura própria na esfera dos colaboradores.
Saudamos o recuo do agravamento previsto no Orçamento do Estado para este ano. De qualquer forma, entendemos que a fiscalidade incidente sobre este tipo de veículos continua demasiado elevada e desejaríamos a sua redução, pelo menos para as viaturas com custo de aquisição mais reduzido.
Do ponto de vista do trabalho interno, vamos continuar a desenvolver a integração do software através da centralização em SAP dos abastecimentos das viaturas alugadas, da integração automática dos registos dos abastecimentos e também da monitorização periódica da pressão dos pneus.
Estamos a avaliar o incremento dos recursos do sistema Cartrack, incluindo a ligação CAN-Bus nos ligeiros, para obter dados directamente através da centralina, que nos vai permitir uma melhor monitorização dos abastecimentos, por exemplo.
E no caso da vossa “jóia da coroa”, o sistema interno de carsharing?
Estamos a equacionar novas formas de recompensa, que inclua produtos e serviços.
Estamos também a desenvolver a possibilidade da plataforma envolver o transporte de pequenos volumes, materiais, encomendas e correspondência entre obras, departamentos, fornecedores…
Por falar em fornecedores, enviámos também propostas de parceria para grupos de rent-a-car, com o objectivo de maximizar a utilização da frota e de chegar a novos clientes, num modelo “win-win”.
Resumos dos resultados obtidos com o uso dos sistemas Cartrack, Fuel Data e SAP
Análise aos perfis de condução | △ 2015/2017 |
Número de travagens bruscas | ↓ 59% |
Número de acelerações bruscas | ↓ 39% |
Número de períodos ralenti >3min | ↓ 73% |
Economias de combustível | △ 2014/2017 |
Furtos de gasóleo nos equipamentos e nas viaturas ligeiras e pesadas (litros) | ↓ 87% |
Distâncias percorridas acima dos 140km/h nas viaturas ligeiras (km) | ↓ 93% |
Ganhos de consumo (ano) | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | △ 2014/2017 |
Média anual (l/100km) | 7,42 | 7,25 | 7,1 | 6,97 | |
Variação | ↓ 0,17 | ↓ 0,15 | ↓ 0,13 | ↓ 0,45 |
Uso intensivo privilegia aquisição
Algumas viaturas da frota dstgroup apresentam idade avançada e é comum ver a circular ligeiros com mais de uma dezena de anos.
São propriedade do grupo e André Gonçalves explica as razões da sua manutenção:
“Ainda têm um custo de manutenção reduzido e podemos usufruir da mais-valia de podermos fazer a manutenção nas nossas instalações, que continuam a compensar face ao AOV. Por exemplo, o Hyundai Getz tem custos de manutenção de 1,5 cêntimos/km e estamos a falar de viaturas com 15 anos, 49 delas com mais de 400 mil quilómetros e 17 com mais de 500 mil quilómetros”.
BI da Frota:
• Número de viaturas: 484 veículos ligeiros e 54 pesados
• Marca e modelos predominantes: Hyundai (198), Renault (111), Toyota (43), Nissan (21), Iveco (14)
• Idade média da frota: 7 anos nos ligeiros de passageiros, 8 anos nos comerciais ligeiros e 11 anos nos veículos pesados
• Gestoras AOV: Arval e Locarent, contratos para 25 meses, em média
• Aquisições: para necessidade permanente ou confirmadas superiores a 8 meses. Ou ainda para substituição de uma unidade ligeira com custos de manutenção superiores a 0,04€/km
• Gestão de frota: centralizada em Braga, com oficinas próprias para a manutenção
• Equipamento específico: “cruise control” e GPS
• Sistemas de georreferenciação e/ou de controlo/gestão: Cartrack em 548 viaturas/equipamentos (praticamente toda a frota).
• Frota decorada nas viaturas e equipamentos pesados, nos ligeiros de mercadorias e nas unidades ligeiras da área comercial. A visibilidade da empresa e a sensibilização dos colaboradores para uma condução responsável (uma vez que as viaturas estão identificadas) são as vantagens apontadas.
CONTINUA: FROTA DSTGROUP: COMO FUNCIONA O SISTEMA CARSHARING DO DSTGROUP?