A AGS – Administração e Gestão de Sistemas de Salubridade atua em todo o ciclo da água, desde a consultoria e desenvolvimento de serviços especializados de engenharia, até à gestão, operação e manutenção de sistemas urbanos de águas e estações de tratamento.

Criada em 1988, o grupo AGS atua predominantemente em Portugal e Brasil. Em 2014 foi comprado pela Marubeni e INCJ (Innovation Network Corporation of Japan) ao grupo Somague, mas, no início deste ano, a totalidade do capital foi adquirido pela Marubeni, o gigante japonês com interesses na Europa, em áreas tão diversas como a produção e distribuição agrícola, indústria química, exploração de gás e mineral, produção de energia sustentável e transportes, por exemplo.

Em 2015, quando João Custódio abraçou o projeto de gerir a frota do grupo AGS não antevia as mudanças e a dinâmica que o mercado automóvel veio a conhecer nos quatro anos que se seguiram, nem os desafios que se desenham para os próximos tempos.

O primeiro que teve de enfrentar, ainda em 2015, passou pelo desenvolvimento de ações com vista à redução de consumos e à promoção de uma condução ecológica, diz o gestor de frota da empresa.

“Afinal, a AGS é uma empresa amiga do ambiente e tem de atuar como tal. Tomámos algumas medidas corretivas, implementamos um controlo por via de geolocalização, otimizámos rotas, ajustámos quilometragens de contratos e acordámos uma meta de consumos ambiciosa. Posteriormente fomos uniformizando a frota, acertando prazos de contratos e dando ferramentas de trabalho (viaturas) cada vez mais capazes aos nossos profissionais. Seguiu-se a redução de sinistralidade, com campanhas de prevenção rodoviária e acompanhamento dos motivos mais recorrentes de sinistros, procurando a sua origem e provocando a sua redução”.

João Custódio gere a frota do Grupo AGS há 4 anos e é também o responsável pela Área de Aprovisionamentos do grupo, que engloba a gestão do parque automóvel. Formado em Gestão, relata que a experiência em negociação, enquanto comercial, lhe deu argumentos para o trabalho desenvolvido atualmente, nomeadamente no que se refere às viaturas e aos serviços associados

 

De facto, com a maioria da frota constituída por modelos comerciais sujeitos a uso intensivo, a eficiência e a segurança devem constituir as maiores preocupações do responsável pela sua gestão.

Por isso, perguntámos ao gestor de Frota do Grupo AGS se entre o trabalho desenvolvido se incluíam ações concretas de formação dos condutores:

“Sim, num trabalho desenvolvido em conjunto com a Direção de Qualidade.

No último ano verificamos uma redução expressiva do consumo de combustíveis, contudo, admitimos que os resultados sejam um misto entre eco-condução e aquisição de viaturas com consumos médios mais reduzidos”.

E eletrificados? Fazem sentido na frota do grupo AGS?

Hoje em dia estamos mais atentos a todos os pormenores dos contratos, com assertividade na quilometragem e prazos ou com a concentração da troca de frota em momentos específicos.

Mas não deixamos de prestar atenção às novidades do mercado e veículos híbridos e elétricos é algo que temos como desafio para o futuro. Estamos praticamente a meio do período dos atuais contratos, pelo que será algo que vamos equacionar no seu devido tempo.

Com uma atividade tão dispersa de norte a sul do País, como é gerida a frota a nível nacional?

A gestão é centralizada. Algumas viaturas têm mais que um condutor e essa gestão de utilização é feita localmente com reporte mensal de atividade e horários de utilização.

Damos primazia à segurança e à versatilidade das nossas viaturas, por forma a cumprir as nossas necessidades operacionais, por isso escolhemos o que de melhor o mercado tem para oferecer. E, apesar de a maioria da nossa frota ser formada por viaturas comerciais que circulam em zonas remotas, promovemos a limpeza frequente das mesmas para uma boa aparência e imagem, não deixando que circulem com danos relevantes visíveis ou identificações mal colocadas.

Existe algum documento de política de frota para sensibilizar ou responsabilizar os utilizadores das viaturas?

Existe um procedimento interno de utilização de viaturas que é facultado a todos os condutores, sendo que promovemos anualmente uma brochura com vários pontos que consideramos importantes reter ao nível da utilização de viaturas.

Os veículos são também acompanhados de um prospeto que alerta os condutores para as situações que consideramos mais importantes.

Mobilidade corporativa

Apesar de a atividade do grupo AGS exigir que parte substancial da frota seja operacional, João Custódio explica que a empresa se encontra envolvida em diversas iniciativas de mobilidade corporativa no centro empresarial onde se encontram sediados (Quinta da Fonte, Oeiras).

Sem querer avançar mais pormenores sobre o assunto, garante contido que, “caso surja uma boa oportunidade que seja confortável e financeiramente apetecível, avaliaremos”.

B.I. da frota do Grupo AGS

  • Número de viaturas: cerca de 215 unidades;
  • Marcas e modelos mais presentes na frota atual: maioritariamente comercias. Predominam o Peugeot Partner e o Toyota Hilux. Nos ligeiros de passageiros, VW Golf e Seat Ibiza
  • Idade média da frota atual: 48 meses
  • Modelos de Financiamento: Renting e aquisição de viaturas muito específicas e com um bom comportamento no mercado de usados. Atualmente, esta situação é muito residual.
  • Gestoras mais presentes: Leaseplan, Finlog e VWFS
  • Prazo habitual dos contratos: 36/48 meses;
  • Renovações previstas para 2020: 25 unidades
  • Equipamento: em todas as viaturas, independentemente da categoria, ar condicionado (o trabalho em locais com condições muito adversas justifica-o) e Bluetooth, por razões de segurança e necessidades de contato permanente entre as equipas;
  • Sistemas de georreferenciação: Sim, em todos os modelos comerciais;
  • Frota decorada? Sim, em todos os comerciais. Logotipo da empresa, por uma questão de imagem e de identificação da frota.