O Grupo Montepio anunciou em 2019 a intenção de se tornar no primeiro grupo financeiro português com uma frota constituída exclusivamente por veículos híbridos e elétricos.

Logo no primeiro ano, o caderno de encargos das viaturas alvo de substituição por terminação de contrato renting incluía, como condição, terem de ser carros plug-in e/ou 100% elétricos, numa estratégia mais imediata de conseguir ter, até 2022, a totalidade da frota movida exclusivamente por este tipo de mecânicas.

A renovação arrancou em julho de 2019 com 70 unidades, estimando-se que, até dezembro, um terço do parque seja composto por modelos híbridos plug-in e elétrico.

“Este ano concretizámos o objetivo da adoção de uma grelha de veículos plug-in e 100% elétricos, decisão alinhada com a nova política de mobilidade sustentável para o Grupo Montepio, com o objetivo de reduzir a pegada de carbono”, explica Cláudia Monteiro.

A responsável pelas compras da instituição assegura que, “quando comunicámos aos colaboradores a decisão, recebemos um feedback imediato de satisfação e identidade com as preocupações de sustentabilidade. A implementação de uma política de mobilidade sustentável era desejada pelas equipas e estamos todos muito entusiasmados com esta nova realidade”.

Reconhecendo que a adoção do sistema de renting apoia a otimização do trabalho de gestão de frota, a entrevistada explica o processo habitual de negociação das viaturas:

“A negociação é liderada pela Central de Compras do Grupo Montepio que, de forma periódica, consulta o mercado e estabiliza uma grelha a adotar para um determinado período de tempo. Trabalhamos com o Montepio Crédito, empresa do Grupo Montepio, que se apresenta como referência no setor do crédito especializado e, no que se refere a marcas automóveis, auscultamos o que de melhor o mercado tem para oferecer, sempre numa óptica de qualidade, preço e sustentabilidade”.

Para estas novas aquisições, certamente tiveram de adicionar mais critérios de seleção além dos habituais…

Na consulta que realizámos ao mercado transmitimos a nossa decisão de apostar na mobilidade sustentável, incluindo critérios de sustentabilidade nos requisitos definidos.

Para a seleção de viaturas analisámos uma vasta gama de marcas e modelos, o que nos permitiu identificar as viaturas que correspondiam às nossas necessidades e respeitavam critérios pré-definidos, nomeadamente qualidade, preço e sustentabilidade.

Tivemos naturalmente de analisar a questão da autonomia em função da utilização, porque este é um critério relevante na tomada de decisão, levando em conta que vamos dotar as nossas instalações de carregadores e utilizar a rede Mobi.e.

Existia alguma experiência anterior, ou seja, já havia veículos elétricos e/ou híbridos na frota? Como é tratada a questão da formação dos utilizadores?

Não tínhamos experiência anterior e, também por isso, os utilizadores vão usufruir de formação específica que vai ser disponibilizada pelas marcas selecionadas. Queremos que os condutores possam usufruir, em pleno, das suas novas viaturas e utilizar a sua máxima eficiência.

Frota do grupo Montepio: escalões de atribuição de viaturas (II)

frota grupo montepio
Cláudia Monteiro tem licenciatura e mestrado na área dos Recursos Humanos e um percurso profissional feito na Banca. Atualmente exerce funções de Head of Procurement no Grupo Montepio, onde trabalha desde 2002. Nesta instituição integrou maioritariamente áreas comerciais – a sua linha orientadora -, desempenhou funções na Central de Compras desde o primeiro dia e assumiu a liderança da área no último trimestre de 2016. Por isso, diz Cláudia Monteiro, “há aproximadamente 8 anos que considero que podemos fazer a diferença através da inclusão de critérios de sustentabilidade nas consultas ao mercado e nos processos de negociação que gerimos”, reforçando que “no Procurement não há dois dias iguais e é isso que mais me motiva na função”.