Ninguém obviamente estava preparado para este “volto já dentro de 2 meses”.
Os serviços centrais do Millenniumbcp em Lisboa (Tagus Park) e no Porto (Praça D. João I), onde temos um população ativa que ronda as 2000 pessoas, estão quase totalmente em tele-trabalho. Diria que cerca de 90%.
Em resultado, fomos forçados a substituir os hábitos de trabalho sem perder qualidade e eficiência nas tarefas e a fazer uma atualização imediata às novas realidades e tendências, principalmente de comunicação pela via das APPS e SKYPE, passando o centenário meio de comunicação – o telefone fixo – para peça praticamente abandonada na secretária e a caminho de ser obsoleto.
Felizmente, os equipamentos disponibilizados pelo banco para trabalho são de tecnologia muito recente.
Todos estamos consciencializados que novos e diferentes tempos virão com novos desafios que devem ser enfrentados, sem o esquecimento das lições do passado. Estamos a atravessar o período de substituição do passado, que a mãe natureza interrompeu abruptamente, para um futuro pós-vírus. Um tempo em que temos que ter força para este deserto temporário, pensando que não são os mais fortes que lá chegam, mas os que mais rapidamente se adaptarem às novas realidades.
https://fleetmagazine.pt/2018/06/04/frota-millennium/
Grelha renovada de modelos à espera de respostas
Estamos com uma redução de milhares de euros por paragem.
Em parte pelas compras de novas viaturas terem reduzido drasticamente, pelo fator social (como se pode estar a pensar em carros novos nesta altura), nos combustíveis, nas portagens e em grande parte das manutenções e pneus que não são feitas por imobilização quase total da frota.
Estamos a falar por mês numa redução de mais de uma centena de milhar de euros.
Em março, estávamos em plena alteração e construção das possibilidades de viaturas a integrar as opções de escolha, já considerando o OE 2020 e as novas tabelas de TA, com o compromisso de aumentar a presença em grelha de viaturas menos poluentes, em resultado dos compromissos ambientais subscritos pelo Millenniumbcp, principalmente com a Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito do Pacto de Mobilidade Empresarial.
Foi um trabalho que ficou a meio, não tanto pelas alterações anteriores, mas porque muitas marcas, numa primeira fase, se esconderam no encerramento das fábricas. O que para nós foi incompreensível; se fomos para casa na fase de tele-trabalho, mais tempo os serviços comerciais deviam ter para trabalhar cotações e propostas.
Depois veio dar-se inicio aos processos de layoff, que fecharam a porta ao possível normal trabalho a partir dos locais de recolhimento, tornando-se, infelizmente, esta a bengala de inoperância preferida do “key-account”.
Em suma, estamos a trabalhar com a grelha de opções de 2019, mas também a sentir que alguns modelos foram ajustados para os novos tectos da TA pelas marcas. Conclui-se, por isso, que as marcas estão com margens financeiras adaptáveis e para ajustar os valores finais a versões “Fleet Pack” ou “Business”, em vez de versões Exclusive e outras vendidas com muito mais equipamento, algum do qual dispensável para carros de trabalho.
Vamos todos ficar bem
Vamos todos ficar bem. Assim o desejamos, mas vamos todos ficar bem e diferentes.
Estamos a caminhar, na minha opinião, para uma concentração de fabricantes ainda maior, considerando a consolidação da PSA-FCA, com alinhamentos de imagem e carroçaria transversais a cada uma das marcas.
Vamos dar menos importância à posse do automóvel para dar à utilização de meio de transporte ou da mobilidade livre. As gerações nascidas no novo milénio vão dar mais importância ao pagar para utilizarem e serem servidos.
Vamos aprender e relembrar o que os nossos pais nos ensinaram e que muitos teimam em não praticar: a educação e respeito pelo próximo.
Vamos dar mais importância ao tempo bem gasto com colegas, amigos e família.
Nós somos Portugueses, somos bons, pobres de rendimentos mas os melhores na arte de saber viver e sobreviver.
Se calhar somos os melhores!
(*) A Fleet Magazine está a solicitar a gestores/responsáveis de frota depoimentos sobre o desempenho e modelo de gestão da sua frota nos tempos mais complicados que atualmente se vivem. Das viaturas que não param (dos profissionais da distribuição), aos veículos imobilizados ou que andam menos (dos colaboradores em regime de teletrabalho), estes depoimentos pretendem refletir a operacionalidade atual das viaturas e as preocupações quanto novas aquisições, renegociações de contrato, terminações e renovações, assim como os desafios que se antecipam quando regressar a normal atividade económica e livre circulação dos cidadãos.