Há seis anos com a responsabilidade de gerir a frota do grupo Prosegur, Paulo Monteiro reconhece que o maior desafio que diariamente enfrenta a sua equipa de gestão de frota é manter um equilíbrio entre a operacionalidade das viaturas, essencial para a atividade da empresa, a qualidade do serviço prestado ao Cliente interno e a racionalidade dos custos, uma vez que a frota assume um peso significativo nas contas da empresa.

Paulo Monteiro é gestor de frota da Prosegur desde Abril de 2012 Lidera ainda a equipa de Logística, Compras e Frota, integrada na área de Gestão de Meios do grupo, Anteriormente teve experiência profissional ao nível do “procurement”, assim como na manutenção de veículos ligeiros e pesados, no sector militar

“Ter uma frota devidamente operacional em prazos cada vez mais exigentes, com custos controlados e, simultaneamente, corresponder com qualidade às necessidades reais das nossas operações e dos nossos clientes é um triângulo de excelência que, só devidamente balanceado, permitirá obter resultados”, diz o responsável da equipa de Logística, Compras e Frota do grupo Prosegur.

“Um desses desafios”, adianta, “passa, precisamente, pela escolha adequada e criteriosa dos veículos a adquirir/contratar. Na preparação desse processo de seleção, é importante eliminar e evitar desperdícios e ainda seguir algumas regras que permitam restringir utilizações desnecessárias ao nível do tipo de viatura, consumo de combustível, consumíveis, etc.”.

As questões legais ou de cariz fiscal fazem também parte desta equação. Por exemplo, a questão da tributação autónoma é critica, pelo que o tipo de viatura e o respetivo preço de compra condicionam a escolha.

O WLTP e o aumento das emissões

Outro desafio é escolher veículos cada vez mais económicos e que,  simultaneamente, contribuiam para a diminuição da pegada ecológica da empresa:

“As emissões de CO2 são um dos temas que deverá preocupar mas, ao mesmo tempo, desafiar cada gestor ou agente que lide com frotas.

No âmbito da introdução da nova norma WLTP, o custo de cada veículo será agravado. Por isso, esta fase de passagem da norma NEDC para a WLTP representa um desafio para fabricantes, locadoras e clientes finais, de forma a manter o regular funcionamento do mercado”.

A exigência legal de desenvolver um processo de Auditoria Energética da Frota, uma vez que o consumo energético total é superior a 500 TEP (tonelada equivalente de petróleo), exige também atenção redobrada da parte da área de Frota e da equipa de Gestão da Qualidade da Prosegur.

“Desde que a empresa se encontrou abrangida pelo RGCEST (Regulamento de Gestão do Consumo de Energia do Sector dos Transportes) iniciámos a preparação de um plano de racionalização energética (PRE), com metas de redução energéticas definidas e acompanhadas pela elaboração de relatórios de controlo trimestrais e relatórios de progresso anuais durante a vigência do plano de 3 anos”, explica Paulo Monteiro.

Como é composta e gerida a frota da PROSEGUR, constituída por viaturas com características bastante diferentes e espalhada por uma área geográfica tão vasta e com necessidades distintas?

Como e quando decorrem as negociações?

Paulo Monteiro responde às perguntas diretas lançadas pela Fleet Magazine na II Parte de uma entrevista publicada inicialmente na edição de junho de 2018.

https://fleetmagazine.pt/2018/09/19/prosegur-frota-paulo-monteiro/