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Às 95 viaturas já adquiridas este ano, a multinacional sueca vai juntar mais 160 para entrarem ao serviço em 2017. A renda, os consumos, a fiabilidade e a facilidade de manutenção são os critérios de decisão

O parque automóvel da Securitas Direct em Portugal é inteiramente constituído por veículos ligeiros e todos obedecem à modalidade renting, uma prática que também é seguida em todos os mercados europeus em que a empresa está presente

Contratados a 36 meses e com quilometragens que variam entre os 100 e os 145 mil quilómetros, das atuais 303 unidades, a maioria (255) são ligeiros de mercadorias utilizados pelas equipas comerciais e técnicas.

É uma frota jovem, com uma idade média que ronda os 2 anos, em que cerca de um terço das viaturas entraram ao serviço este ano: 95 modelos Toyota, entre Yaris comerciais e de 5 lugares, bem como Auris de passageiros, escolhidos em função do historial de fiabilidade da marca que a empresa já detém, mas também pelos consumos anunciados e pelo preço das propostas.

“Quando selecionamos uma viatura, fazemo-lo com base na sua fiabilidade e no historial de qualidade da marca que já temos, mas também atendemos à possibilidade de assistência. Porque temos as viaturas a circular por todo o País e há muitos locais onde é difícil encontrar uma oficina”, começa por explicar Pedro Miguel Ferreira dos Santos, responsável pela logística e compras da Securitas Direct.

Na entrevista que fez capa na Fleet Magazine de setembro de 2016, Pedro Santos detalha depois os passos deste negócio:

“Para esta renovação, consultámos a Renault, VW, Peugeot, Ford, Toyota e Seat, que são as marcas com as quais trabalhamos. Primeiro, negociei com as marcas os valores das viaturas que entendi serem aquelas que melhor se enquadravam no desenvolvimento da nossa actividade; depois, existe a negociação com as gestoras, em que as gestoras e as marcas trabalham em conjunto para apresentarem os valores e as soluções que nos convêm”.

Essas gestoras são a Leaseplan e a Arval, as únicas com quem a Securitas Direct trabalha atualmente.

A Arval venceu o negócio.

“Foi feito um grande esforço por parte da Toyota e da Arval, porque tínhamos um budget para respeitar. A Arval ganhou porque nos garantiu uma renda melhor. Já a Toyota, além do preço da renda, também tivemos em conta os baixos consumos e a fiabilidade da marca, devido à experiência baseada em 80 viaturas que adquirimos no passado. Foram viaturas fiáveis que praticamente só necessitavam de fazer as manutenções periódicas e as avarias eram quase inexistentes. Como é fácil de calcular, isso representou um ganho para a empresa porque não tivemos gastos extraordinários com essas viaturas”.

E os 160 carros precisos para 2017?

securitas toyotaA Securitas Direct completa o processo de renovação de toda a sua frota com a aquisição de mais 160 viaturas (120 comerciais e 40 passageiros), que vão entrar faseadamente ao serviço durante 2017.

O modelo de financiamento mantém-se, tal como a duração dos contratos (36 meses), que incluem as manutenções previstas, seguros, pneus ilimitados e viatura de substituição idêntica: 2 dias por manutenções, 15 dias por sinistros ou avarias e 60 dias por furto ou roubo.

“O maior desafio atual é negociar o preço das viaturas; já conhecemos as marcas mais fiáveis, já sabemos em termos de manutenção… só faltam os preços! Porque a Securitas Direct tem um budget para cumprir e se a proposta que nos fizerem se encaixar… perfeito!”

Em matéria de equipamento requerido, os comerciais devem contar com ar condicionado e sistema mãos-livres, “porque os nossos colaboradores passam bastante tempo ao telefone.” Para os passageiros, o responsável de logística e compras da empresa de segurança acrescenta sobretudo algum equipamento de conforto, uma vez que se destinam aos quadros superiores da empresa.

Das gestoras, Pedro Santos conta receber a melhor renda e o melhor serviço. Neste último aspeto, o responsável pela frota da Securitas Direct destaca mesmo a grande evolução do trabalho das locadoras, nomeadamente na oferta de instrumentos de apoio à gestão das viaturas:

“Nos últimos anos, a Leaseplan e a Arval desenvolveram ferramentas bastante práticas e muito úteis para quem faz a gestão da frota. Atualmente, utilizo as páginas web das gestoras que fornecem todas as informações necessárias: revisões, multas, datas das reparações, índice de sinistralidade, etc.”

E, embora o ramo de atividade da Securitas Direct seja o comércio de sistemas de alarme com um serviço de vigilância 24 horas, dispensa um tipo de monitorização idêntico nas suas viaturas:

“Penso ser um serviço que não se enquadra na área de negócio da Securitas Direct”, diz Pedro Santos.

Seguros de recondicionamento são uma aposta ganha

securitas-directCom 23 delegações em Portugal Continental e Ilhas, a rotatividade de algumas viaturas obriga a atenções redobradas quanto ao cuidado da utilização das mesmas.

“Desenvolvemos uma política de responsabilização na empresa apoiado num ‘Manual de política e normas de utilização de viaturas Securitas Direct’”, adianta o responsável. “Quando entregamos uma viatura entregamos o manual e o colaborador assina um termo de responsabilidade, sabendo que todos os danos dos quais seja responsável serão suportados pelo próprio.”

Esta prática, juntamente com os seguros de recondicionamento implementado há alguns anos, permitiu reduzir os custos no término do contrato das viaturas.

“A nossa experiência com os seguros de recondicionamento tem corrido bem. Mais uma vez, as gestoras foram-se adaptando. Há alguns anos não existia sequer um manual onde estivessem descriminados os danos aceites ou não nos recondicionamentos, por isso os peritos assinalavam tudo, incluindo até situações normais de desgaste pelo uso do veículo”, explica Pedro Santos.

“Por isso”, continua, “optámos por esta solução devido aos custos elevados que tínhamos: uma média de 750 a 800 euros por viatura.

Agora, consoante os casos, pagamos 10 a 15 euros na renda mensal de cada veículo, e isso dá-nos a possibilidade de usufruir de um seguro que cobre entre 750 e 1000 euros de danos na altura da restituição da viatura. Como se fosse uma franquia”.

Já em termos de multas, a regra é identificar o condutor da viatura e responsabilizá-lo pelo pagamento da coima.

BI da frota:

– 303 Viaturas: 255 ligeiros de mercadorias (VW Polo e Seat Ibiza Van, Toyota Yaris Bizz) e 48 ligeiros de passageiros

– Financiamento: 100% renting

– Idade média da frota: 2 anos

– Contratos AOV: 3 anos, 100 ou 145 mil kms, manutenções, seguro, pneus ilimitados e viatura de substituição

– Sem sistema de georeferenciação