Reduzir o número de viaturas e de tipologias permitiu encontrar soluções monomarca para maximizar poder negocial
A fusão, em 2009, de empresas com diferentes áreas de negócio, deu origem ao Grupo Vendap.
Do processo resultou uma frota diversificada, desde gruas, veículos de transporte de equipamento de elevação, instalação de sanitários móveis e respetiva manutenção dos mesmos, viaturas de assistência técnica e automóveis adstritos a comerciais e quadros da organização.
Para centralizar, uniformizar e, por via disso, reduzir custos e tornar mais coerente e eficiente a frota, Paulo Viegas, diretor de suporte e compras do grupo português, tem vindo, desde 2011, a homogeneizar critérios e tipologias de viaturas, uma vez que, anteriormente, cada uma das empresas dispunha de uma orientação própria de gestão das viaturas.
“Com a criação do Departamento de Suporte e Compras, procurou-se construir uma frota partindo da necessidade de cada departamento, pressupondo soluções transversais, ou seja, um tamanho de furgão que fosse capaz de responder às necessidades da manutenção de equipamentos de energia, bem como de gruas ou plataformas. Desta forma, reduziu-se o número de viaturas, bem como as tipologias, procurando soluções monomarca, ou outras formas possíveis de maximizar o poder negocial na fase de concurso.
Ao aglomerar no momento da compra e acumular datas de aquisição/renovação melhoramos também todo o processo logístico de gestão da frota” clarifica o responsável da Vendap.
Tendo a fusão das empresas ocorrido em 2009, só a partir de 2011 foi possível iniciar este processo que se aproxima agora da fase da sua consolidação:
“Em 2016, por exemplo, só teremos renovações no 2º semestre, procurando que aconteçam todas no mesmo mês. Vamos ter tempo para negociar e programar as entregas, sem prejuízo de atrasos, que para nós têm impacto direto na operação logística, nomeadamente no verão que é a época em que ocorre a maioria dos eventos”.
Política de frota
O Grupo Vendap responsabiliza o condutor pelas infrações ao código da estrada mas não penaliza pelos danos de terminação.
“Na frota de utilização mais intensiva, rodamos as viaturas entre utilizadores, para minimizar os desvios de quilómetros contratados. Mas não nos parece justo responsabilizar um utilizador a quem pedimos para praticar todo-o-terreno com um furgão ou um chassis-cabine de 3.500kg com um depósito de 1T preso ao chassis… Optamos por minimizar os danos de terminação adotando um processo de recondicionamento no final de cada contrato, aproveitando os meios internos de oficina e pintura que temos disponíveis, ou empresas especializadas”.
Paulo Viegas prossegue a defesa dos utilizadores: “temos condutores responsáveis se tivermos em conta a quilometragem anual realizada. Baixos índices de sinistralidade e poucas multas revelam a responsabilidade de todos. Em complemento, divulgamos mensalmente os rankings de consumo por tipologia de frota, incluindo as viaturas de direção e administração. Não se verificam consumos muito acima da média divulgada pelos fabricantes, tendo, inclusive, exemplos que com certeza surpreenderiam positivamente alguns construtores… E há também que ter em conta que um colaborador da Madeira dificilmente conseguirá melhores médias que um de Elvas”
Para suporte logístico, a empresa utiliza a plataforma Cartrack: “nos pesados, existe um projeto para otimizar os consumos, interagindo com os condutores em tempo real, bem como a formação em condução económica. É um projeto do nosso Departamento de Operações”.
BI da frota:
– 167 viaturas, incluindo 40 pesados
– 127 ligeiros: 80% de mercadorias, 20% de passageiros
– Idade média da frota: 3 anos para os ligeiros de passageiros, 4 anos para os comerciais
– 2 tipologias de furgão de manutenção, ambos equipados com armários tipo-oficina
– Modelos chassis-cabine de 3.500 kg para a área de negócio do transporte e manutenção dos sanitários portáteis, com suspensão reforçada, estrado metálico de dimensões próprias e engate de reboque.
– Modelos chassis-cabine, com taipais, exclusivamente para transporte de painéis, portas, vidros e outros materiais. Também dão suporte à área de andaimes.
– Derivados de turismo, de 2 lugares, para técnicos e comerciais.
– Muito por culpa da localização das instalações fora do perímetro urbano da capital, os contratos atuais variam entre os 30 meses/200.000 km e os 48 meses/150.000km.
– Pela mesma razão a empresa nunca considerou modelos elétricos, dada a fraca autonomia dos mesmos ou viu vantagens em versões híbridas.
– Para toda a frota, os extras comuns em qualquer tipologia são ar condicionado e Bluetooth