95% das empresas portuguesas prevêem manter ou aumentar as suas frotas durante os próximos três anos.
Esta é uma das conclusões retiradas do Barómetro Automóvel da Mobilidade 2022, um inquérito feito pelo Arval Mobility Observatory às empresas de 26 países.
O estudo diz que 25% das empresas portuguesas prevê um crescimento no número de carros da sua frota, contrariando os apenas 3% que estimam um decréscimo no número de carros disponíveis para os seus trabalhadores.
Há razões que podem estar diretamente relacionadas com o aumento de frota dentro das empresas.
O estudo da Arval conclui que:
- 47% dos inquiridos justificam o aumento com o crescimento da empresa e o desenvolvimento de uma nova atividade onde vão ser necessários carros;
- 30% dos inquiridos atribuem este crescimento a necessidades ligadas aos Recursos Humanos (como recrutamento de novos talentos e/ou retenção de trabalhadores);
- 24% do grupo de empresas inquiridas pondera propor viaturas a trabalhadores que dantes não eram elegíveis para ter carro de empresa.
Conteúdo deste artigo
Os efeitos do teletrabalho nas políticas de frotas das empresas
Com a pandemia e a chegada do teletrabalho, muitas empresas mudaram a forma como desenvolvem o seu negócio e, mais concretamente, como colocam em prática a sua política de frota automóvel.
Os modos de trabalho híbridos levaram que as empresas portuguesas mudassem as suas políticas de mobilidade.
- 25% das empresas nacionais dizem mesmo já ter implementado mudanças nas suas políticas de mobilidade em consequência do teletrabalho e, entre elas, 43% já alteraram a sua política de frotas em termos de quilometragem utilizada ou mesmo nos modelos adquiridos;
- 27% das empresas portuguesas já estão a desenvolver soluções de mobilidade alternativa;
- 8% dos inquiridos já oferecem soluções de mobilidade alternativa para trabalhadores que não são elegíveis para ter carro de empresa.
A mobilidade alternativa nas empresas portuguesas
Diz a Arval, primeiro que tudo, que em Portugal (como na generalidade dos países europeus), a grande maioria das empresas não quer abdicar das suas frotas automóveis para recorrer a soluções alternativas de mobilidade.
Estas soluções são um complemento, não um substituto!
Ainda assim, o paradigma está a mudar: 68% das empresas diz já utilizar pelo menos uma solução de mobilidade alternativa em substituição do carro de empresa.
E essas soluções vão desde a utilização de transportes públicos, ao uso de viaturas partilhadas, passando por contratações de serviços TVD ou mesmo na aplicação de um plafond de mobilidade ou na utilização de motos, bicicletas (normais ou elétricas) e, por fim, na utilização de aluguer de médio prazo.
Mobilidade dos trabalhadores portugueses
O automóvel é Rei e Senhor, sendo utilizado por 56% dos colaboradores nas deslocações casa-trabalho.
Por outro lado, 28% das pessoas utilizam os transportes públicos e apenas 14% utilizam a partilha de viaturas como forma de mobilidade no seu percurso diário para o trabalho.
Arval: parceria inteligente para a transição energética da frota
O Barómetro Automóvel e de Mobilidade 2022
Metodologia
- Entrevistas telefónicas feitas a tomadores de decisão das frotas de 5.896 empresas entre os dias 25 de novembro de 2021 e 11 de fevereiro de 2022;
- Inquérito conduzido pela empresa de pesquisa independente Ipsos;
- Abrangidos 26 países, dos quais 20 eram europeus (Portugal, Áustria, Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia, Suíça). Foram também considerados os mercados russo, turco e brasileiro;
- O estudo permite uma comparação da pesquisa realizada em 300 empresas portuguesas com a média europeia.
As entrevistas foram distribuídas da seguinte forma:
- 32% foram feitas a empresas com menos de dez colaboradores;
- 24% foram feitas a empresas com 10 a 99 colaboradores;
- 23% foram feitas a empresas com 100 a 499 colaboradores;
- 21% foram feitas a empresas com mais de 500 colaboradores.