A Geotab aproveitou o Fleet Summit para fazer um evento dedicado a parceiros e clientes.

Poucos operadores nacionais estiveram presentes num evento que veio mostrar o potencial da solução da empresa canadiana.

Para o efeito trouxeram especialistas da Google, uma representante da Leaseurope, especialistas internos e clientes para falarem de como a sua solução pode trazer uma ajuda ao trabalho de gestão de frota.

A solução da Geotab parece, à primeira vista, mais um sistema de geolocalização. Mas, partindo desses serviços de localização de viaturas, avança na extração de dados e elabora mais conclusões. Tudo parte da informação da viatura. Mas o que se faz com essa informação é diferente.

A Geotab que ir tão longe como no aconselhamento da viatura a trocar, a partir dos dados extraídos frota anterior e comparado-os, a partir de metadata e inteligência artificial com opções atuais.

Ou seja, e pegando num exemplo prático que a empresa mostrou no seu curto workshop em Cascais, consegue-se saber que viaturas com motores de combustão interna podem passar a elétricos ou híbridos. Esse é um dos add-ons possíveis que anteriormente eram pagos e que agora são disponíveis gratuitamente.

Toda a aplicação é nativa em cloud e a informação pode ser parametrizada à medida dos dados do cliente.

É claro que a solução já incorpora, através de acordos com os fabricantes, toda a informação necessária para o cálculo, mas como estes são distintos de país para país e de cliente para cliente ela pode ser reconfigurada.

Aliás, mesmo por causa destas diferenças, a Geotab quer colocar um representante no país, encontrando-se em processo de recrutamento.

A Geotab prepara-se para entrar no mercado nacional com uma solução de gestão de frotas baseada em metadata e inteligência artificial que consegue prever as melhores opções de substituição de frota. O primeiro distribuidor é a Vodafone

A Google, por exemplo, utiliza uma parceria com a GEotab para extrair os dados das frotas e de telemática em projectos de condução autónoma. Um desse projectos é do Cruise da GM, onde estão a se conseguem simular 30 mil carros em circulação e criar cenários reais.

“As frotas são geridas com dados”, disse Dirk Schlimm, EVP na Geotab. Mas a utilização dos dados pode ir além das frotas. “É preciso ir além do senso comum e passar aos dados fiáveis, onde somos capazes de responder até que ponto a viatura é fleet friendly?”, disse.

Mas o acesso aos dados é condicionado por leis e regulamentos. Tal como todos os operadores de fora, a Geotab tem acesso limitado aos dados das viaturas – os fabricantes têm recusado a libertação dessa informação.

Neste momento, maior parte das viaturas dão acesso aos seus dados e são cada vez mais.

Mas no início, a Geotab começou apenas com quatro parâmetros de medição: VIN, odómetro, combustível e cinto de segurança. Estas edições, nas frotas comerciais, pretendiam ver até que ponto o acesso aos dados era possível. O ponto final será a formulação de um índice de acesso aos dados, para servir de referência no mercado.

Neste momento, a Geotab recolhe dados de 1.9 milhões de viaturas em todo o mundo.

Estes dados estão até disponíveis para partilha (em data.geotab.com). Com o tratamento destes dados, conseguem prever o estado das estradas ou da meteorologia ou mesmo as condições climatéricas das regiões varridas por informação e qualidade do ar. Daqui para a frente, consegue-se, como em Chicago, criar zonas vermelhas de tráfego potencialmente perigosas.

A cereja em cima do bolo será a ajuda à tomada de decisão de quais as melhores viaturas elétricas para o tipo de utilização dos colaboradores da frota.

Com o Geotab EVSA  (para EV Suitability Assessment), consegue-se saber qual a melhor opção elétrica em função dos dados históricos de frota. (ver vídeo no final do texto)

A FLEET MAGAZINE esteve à conversa com Ivan Lequerica, Mediterranean Director da empresa para saber que perspetivas têm para o país. O acordo com a Vodafone já está fechado, mas este será apenas um dos seus revendedores, sendo que não dão exclusividade a ninguém.

Por outro lado, a empresa vai ter que ter alguém interno no país para ir conhecendo as especificidades comerciais, pessoa essa que ainda não foi encontrada.

Um dos embates que a empresa terá quando entrar no mercado nacional será o preço.

Lequerica está ciente dessa questão e garante que terá que ajustar o preço àquilo que os clientes nacionais estão habituados.