Grande parte da renovação da frota é feita ao mesmo tempo. Assim, a empresa beneficia de condições negociais mais vantajosas
A GeStmin SGPS, S.A. é uma holding familiar fundada em 2004 por Manuel Carlos de Mello Champalimaud. Tem como principal objetivo a participação em investimentos que rentabilizem o seu património de forma estável e sustentável.
A idade média do parque automóvel do grupo é inferior a 4 anos, num total de cerca de 75 viaturas.
Luís de Sousa é, desde 2010, responsável pelo departamento de compras que gere a frota e onde também é feita a monitorização de todos os ramos da carteira de seguros desta holding familiar.
O seu maior desafio, enquanto responsável de frota, aconteceu logo no início de 2014:
“Face às novas regras de Tributação Autónoma (TA), tivemos de redefinir a política automóvel do grupo, tendo em consideração os escalões de tributação previstos na lei. Foram definidos níveis de viaturas, segmentos, marcas, modelos, equipamentos de série e critérios para incorporação de extras. Tudo isto para que – independentemente do nível da viatura – o PVP não exceda o tecto do escalão do imposto, evitando assim que a empresa não seja penalizada fiscalmente sem necessidade”.
Modelos de financiamento
A GeStmin detém empresas na área da energia (OZ Energia), indústria de moldes e injeção de plásticos (GLN), área logístico-portuária (Silos de Leixões e Terminal Multiusos de Aveiro) e nos setores imobiliário, turístico e agro cinegético. Tem ainda 5,9% da REN e 2% dos CTT
O renting representa cerca de 75% da frota total do grupo e o valor médio dos contratos é de 48 meses e 120 mil quilómetros, dependendo das funções e necessidades dos colaboradores.
A opção quanto ao modelo de financiamento depende do segmento e do fim a que a viatura se destina.
Para Luís Sousa, as vantagens do renting: evita a exposição da empresa à desvalorização dos veículos; permite a disponibilidade de uma frota sempre actual e operacional; e consegue controlar ou mesmo reduzir os custos da manutenção minimizando desvios orçamentais.
“Grande parte da renovação da frota é feita ao mesmo tempo. Desta forma, a empresa beneficia de condições negociais mais vantajosas junto dos importadores e das locadoras. Numa fase preliminar, são negociados e aprovados os descontos com os importadores de determinadas marcas. Quando existe a necessidade de uma viatura, solicitam-se propostas de contrato às gestoras de frotas. Os nossos valores de compra prevalecem, excepto se os apresentados pela locadora forem melhores dos que aqueles que acordámos com os importadores”.
“Temos trabalhado com dois grandes grupos nacionais, Grupo Salvador Caetano e com a Santogal”, adianta.
Os serviços incluídos no pacote de renting são os habituais, com exceção dos seguros:
“Face à especificidade, dimensão e diversidade da carteira de seguros do Grupo GeStmin, optámos por centralizar o ramo automóvel na Luso Atlântica. A gestão de sinistros, a análise de risco e “procurement” são responsabilidade da corretora. Deste modo, não só se diminui o risco de coberturas desadequadas em cada caso, como ainda se melhora o tempo de resposta na gestão de apólices e participação de sinistros. Conseguimos assim ser mais eficazes e melhorar a qualidade de serviço”.
Recondicionamentos: um contratempo adicional
Uma vez que grande parte da frota é renovada ao mesmo tempo, o recondicionamento dos automóveis para serem devolvidos às locadoras ocorre em simultâneo. Isto exige um esforço adicional do departamento que Luís Sousa dirige:
“Por um lado temos em vigor políticas de responsabilização dos utilizadores e de monitorização das condições das viaturas, por forma a minimizar custos com o recondicionamento das mesmas. Por outro, a política prevê prémios para os utilizadores mais zelosos. A empresa assume o custo com o recondicionamento até um determinado valor (calculado a partir do valor da renda mensal). Se o custo de recondicionamento for inferior, o diferencial é entregue ao colaborador, a título de prémio; se o custo for superior, a responsabilidade da diferença terá que ser assumida pelo utilizador”.
Apesar desta experiência, o gestor de frota da GeStmin admite estar a estudar a possibilidade de aquisição de um seguro de recondicionamento.