Marco Rolo é diretor-geral da Rentlei e também gestor da frota do Grupo Lena. Na última condição fala da dificuldade que muitas vezes sente em avaliar a utilização de uma viatura: “Existem algumas políticas de responsabilização dos utilizadores, que passam pelo controlo de maior ou menor taxa de PI (participações internas – reporte de sinistros, avarias, danos, etc.). No entanto, para as viaturas ligadas às áreas operacionais/produtivas, existe uma maior dificuldade de definir critérios. É mais complicado distinguir negligência do desgaste normal por trabalho, daí que se trate de uma batalha ainda por concretizar/finalizar”, confessa marco Rolo.
A empresa que dirige, a Rentlei gere atualmente uma frota total de cerca de 1.100 viaturas. Faz parte da “Lena Automóveis”, uma “sub-holding” do grupo para o sector automóvel com concessionários das marcas Peugeot, Volvo, Kia, Ford, e Isuzu.
Só do Grupo Lena, com sede em Leiria, a Rentlei é responsável pela gestão de cerca 250 viaturas ligeiras, sendo cerca de 60 viaturas de passageiros e as restantes 190 modelos de mercadorias.
“Dada a nossa ligação ao sector da distribuição automóvel é normal que as marcas utilizadas sejam maioritariamente as internas. No entanto, também são utilizadas outras em função das características necessárias ou pretendidas. Mais que a preferência por uma mais ou menos ‘premium’, damos importância a uma frota uniforme, ou seja, centralizada no menor número de marcas possível e com um aspeto cuidado”, justifica Marco Rolo na entrevista que deu à edição de Março de 2015 da FLEET MAGAZINE.
Por isso, sem grande surpresa, entre as viaturas da frota operacional das diversas empresas do grupo há uma grande predominância de modelos da Peugeot e da Ford. Os veículos comerciais constituem cerca de 75% das unidades e são sobretudo pequenos comerciais derivados de turismo.
Como a Rentlei gere a frota do Grupo Lena
“A idade média do parque automóvel do Grupo Lena ronda os 28 meses e, em condições normais, não ultrapassa os 48 meses de idade. No entanto, existem algumas “exceções”, como será normal. As viaturas comercias, das áreas mais operacionais, devido á sua maior utilização em termos de km/ano, são quando necessário renovadas por volta do 36 meses e/ou 170.000 km. No caso das viaturas de passageiros, sempre que a sua quilometragem permite, a sua utilização é prolongada por um período acima dos 48 meses”,
A conjuntura económica vivida em Portugal obrigou a reajustes na frota. “Devido à nossa maior exposição ao mercado/empresas do sector das obras públicas e construção civil, foi normal esse reajuste ter acontecido, uma vez que toda a frota ligada às áreas produtivas destes sectores sofreram grandes reduções. Em consequência também nas áreas complementares (administrativas/financeiras), apesar de em menor percentagem”.
A frota é maioritariamente composta por viaturas em renting. A opção habitual é a contratação do pacote completo, prestando especial atenção a todos os fatores que influenciam o TCO da proposta: “existe por vezes a propensão para dar mais importância à variável preço, no entanto, nem sempre os contratos com uma renda inicial mais baixa acabam por ser os mais vantajosos. O serviço prestado é importante para a contabilização do custo de utilização de uma viatura. Os planos/intervalos de manutenção também são uma variável importante, porque permitem um maior ou menor período de imobilização para manutenções”, justifica o diretor-geral da Rentlei.