A Hertz, empresa de aluguer de automóveis, abriu processo de insolvência nas suas subsidiárias dos Estados Unidos e Canadá.
Com uma dívida de mais de 19 mil milhões de dólares, a Hertz sofreu o impacto da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) nas suas operações nos aeroportos, por exemplo, que ficaram vazios e, por consequência, sem potenciais clientes.
A empresa, que diz ter procurado primeiramente salvaguardar a saúde dos seus funcionários e preservar a liquidez durante a pandemia, tentou negociar com os seus credores a redução dos pagamentos dos leasings das viaturas da sua frota (composta por cerca de 560 mil viaturas só nos EUA).
Embora tenha negociado um alívio das prestações dos contratos a curto prazo, a empresa foi incapaz de assegurar o pagamento dos contratos a longo prazo em vigor.
Assim, a Hertz recorreu ao “Capítulo 11”, uma alínea da Lei de Falências norte-americana que permite às empresas a abertura de insolvência, de forma a impedir a liquidação imediata e de prepararem a sua restruturação.
Paul E. Stone, CEO da Hertz, disse que o pedido de insolvência visa proteger o valor de negócio da empresa e permite continuar as operações e o serviço junto dos seus clientes. A Hertz diz ter mil milhões de dólares para assegurar a continuidade das suas operações durante este processo.
Ainda que esteja a apresentar insolvência nestes dois países, as operações da Hertz mantêm-se em funcionamento nos mercados europeu, australiano e neo-zelandês.