O Hyundai i40 é o modelo de entrada da Hyundai no segmento D, bastante alimentado pelas frotas. Nem por acaso, a marca coreana aposta nessa tipologia de clientes e desenha propositadamente um carro para eles.
Este modelo inaugura um novo segmento para a marca (D), é em primeiro lugar lançado na versão mais combativa em Portugal, a carrinha, e foi desenhado especialmente para o segmento que tem vindo a compensar a quebra de consumo de automóveis: as vendas a empresas.
Números não existem, mas o mix de vendas que se espera é de metade das vendas nas empresas. Com 4,7 metros de comprimento – maior que um Classe C, por exemplo – o novo Hyundai apresenta-se como um carro imponente e de estatuto. Nos carros, tamanho é documento. E é com volume que o i40 quer bater a concorrência, Mondeo, Insígnia, Laguna e Avensis, como refere no dossier de apresentação do modelo.
Com uma distância entre-eixos de 2.770 mm e uma largura de 1.815 mm, o i40 tem um interior invulgarmente espaçoso. O carro oferece as melhores dimensões interiores do segmento no que toca ao espaço para a cabeça (1025 mm), ombros (1455 mm) e pernas (1170 mm) à frente batendo, de acordo com dados da marca, os seus concorrentes assumidos.
O acesso ao compartimento de carga é também o mais baixo do segmento – 592 mm do chão – e a bagageira tem 534 litros de volume de carga que passam para 1.700 com os bancos rebatidos.
A Hyundai assegura que o i40 se destaca dos restantes em termos de custos totais de utilização (TCO). Num típico ciclo de vida, o TCO do i40 é entre 9 a 13 por cento mais baixo que o dos seus adversários, incluindo o Toyota Avensis e o VW Passat, o que corresponde a poupanças até 900 euros por ano.
Um factor chave no forte valor de TCO do i40 está no seu valor residual. Um estudo independente levado a cabo pela agência alemã DAT, prevê que o i40 – após 3 anos e 90 mil quilómetros – retenha uns impressionantes 44,5 por cento do seu preço original.
No equipamento de série, o i40 vem também bem recheado. Dependendo da versão, está generosamente equipado com itens de série tais como, iluminação em curva estática, airbag para os joelhos do condutor, encostos de cabeça activos à frente, ESC, HAC (assistente de arranque em declive), ar condicionado manual, ar condicionado automático, fecho central das portas mãos livres, computador de bordo, patilhas da caixa de velocidades automática (quando aplicável) no volante, pneus de baixa resistência ao atrito e caixa de seis velocidades.
A marca aposta na versão do bloco U-II com 1,7 litros com 136 CV para frotas. O binário deste motor (325 Nm a partir das 2000 rpm) assegura uma resposta imediata ao comando do condutor sobre o acelerador, conseguindo assim chegar dos 0-100 km/h em apenas 10,6 segundos com a caixa manual e 12,0 segundos com a caixa automática. Foi este o motor testado pela FLEET MAGAZINE. Embora não seja propriamente uma novidade na marca, tem a caixa bem escalonada para a potência que debita, já que foi objecto de melhoramento da anterior unidade, com sincronização multi-cone melhorada, desenho dos carretos optimizado, redução de peso, melhor eficiência, redução das perdas de potência, melhoria do cárter do diferencial e superior durabilidade, acima dos 300 mil quilómetros. A transmissão, atestada com óleo de baixa viscosidade, não possui manutenção e não necessita de revisão durante o ciclo de vida do veículo.
A caixa de velocidades está equipada com uma sexta velocidade com relação longa (de 0,663:1 a 0,829:1, dependendo do modelo) para minimizar as rotações do motor quando em velocidade de cruzeiro. Além de aguentar bem as pressões que possam ser pedidas ao carro, ainda contribui para a redução do consumo de combustível. Neste capítulo, fizemos mais do que os 5,1 l/100 km anunciados, que corresponderiam a 134 g/km.
Em suma, a Hyundai lança este carro para o segmento de frotas e quer posicioná-lo no segmento D, mas pela sua volumetria e espaço que ocupa interior e exterior parece mais um carro de um segmento acima desse. Em termos gerais, a qualidade de construção é bem melhor que do resto da gama da marca. A disposição dos instrumentos do painel está mais bem conseguida do que costuma ser, os materiais são também melhores e extras como o tecto de abrir ou os bancos com regulação eléctrica surpreendem num carro que não se imaginaria que teria isso. Além disso, tem muito espaço à frente, atrás e na bagageira, o que faz dele um carro bem preparado para chegar ao segmento dominado por outras marca europeias.
Ficha do modelo
Hyundai i40
Motor (c/c) 4/1.685
Potência (cv/rpm) 136/4.000
Binário (Nm/rpm) 325/2.000-2.500
Vel. Máxima (Km/h) 198
Aceleração (0-100 Kmh) 12,9s
Preço em Euros (desde) 21.490