Para o mercado profissional mas não só, o novo Hyundai Tucson, à venda em Portugal a partir de 22 de janeiro de 2016, tem como argumentos a promessa de um valor residual mais elevado, a mesma garantia de 5 anos sem limite de quilómetros de que beneficia toda a gama e ainda a oferta de 5 anos de manutenção programada.
Tal como o ix35 que vem substituir, o novo Hyundai Tucson também é classe 1 nas portagens nacionais, desde que associado ao serviço Via Verde, uma vez que apresenta um peso bruto superior a 2300 kg e só dispõe de tração no eixo dianteiro.
Com preços a partir dos 30 mil euros, as versões a gasóleo utilizam o motor 1.7 CRDi com 115 cv, binário máximo de 280 Nm disponível entre as 1.250 e 2.750 rpm e emissões combinadas de 119 g/km. Está também disponível o motor a gasolina 1.6 GDi com 132 cv.
Às duas mecânicas é comum o facto de disporem de caixa manual de 6 velocidades (só dm Julho estará disponível a transmissão automática numa versão de 141 cv do motor 1.7 CRDi) e tração dianteira. O sistema Start/Stop é de série em todas as versões.
A gasóleo existem 3 níveis de equipamento: Creative, Executive e Premium. O preço base da versão a gasóleo é de 30 mil euros. Mas a Hyundai Portugal tem a decorrer uma campanha, até Março de 2015, que inclui financiamento e baixa esse valor para os 26.550 euros.
Ou 28.800 euros para o nível Executive, aquele que o importador nacional prevê venha a ter maior expressão no mercado português.
Primeiro contacto: condução
O Tucson vem concorrer diretamente com o líder do segmento, o Nissan Qashqai.
Não vai ser tarefa fácil e o argumento da Hyundai em Portugal não é sequer o preço. O importador aposta na qualidade e na dotação de equipamento de série, além do argumento importante dos 5 anos de garantia e oferta da manutenção programada, para concorrer com todos os restantes pares, leia-se Kia Sportage, VW Tiguan, Peugeot 3008, Mazda CX-5 ou Ford Kuga, por exemplo.
No primeiro contacto com o carro, a FLEET MAGAZINE pode comprovar que os 115 cv do motor 1.7 CRDi são suficientes para conduzir o Tucson com suficiente agilidade, mesmo em condições de condução mais exigentes ou estradas mais íngremes, em grande parte graças ao bom escalonamento da caixa de velocidades.
O Hyundai Tucson mostra também bom isolamento acústico e a suspensão, sem perder o conforto, segura bem o conjunto em curva. A direcção assistida FLEX-STEER, com 2 modos de condução à escolha, gerou mais reservas, uma vez que não parece oferecer a necessária sensação de precisão e controlo do volante.
Segundo dados do fabricante, com jantes de 16” (também podem ser de 17 ou 19”) o Tucson 1.7 CRDi apresenta um consumo misto de 4,6 litros e urbano de 5,4 litros. Valores que nos pareceram optimistas face aos 8,0 litros registados no computador de bordo, após o curto ensaio, feito aquando da sua apresentação à imprensa, nos arredores de Sintra e Cascais.
A velocidade máxima anunciada é de 176 km/h.
Face ao ix35, o novo Tucson perde apenas algumas capacidades para viajar em terrenos mais acidentados: ângulos de ataque e saída mais reduzidos e distância ao solo de pouco mais de 17 cm.
Em contrapartida, o coeficiente aerodinâmico é bastante mais favorável.
Primeiro contacto: conforto
O novo SUV da Hyundai mede 4,47 metros de comprimento, 1,85 metros de largura e 1,64 metros de altura. É 6,5 cm mais longo e 3 cm mais largo do que o ix35, embora também ligeiramente mais baixo.
Estes valores asseguram mais espaço interior para os ocupantes e um volume de mala entre os 488 e os 513 litros, dependendo da presença ou não de pneu suplente, uma vez que os bancos traseiros (60:40) não podem mover-se longitudinalmente.
Só as versões de equipamento com jante de 19’’ levam kit de emergência. As restantes possuem pneu de reserva igual aos restantes.
A posição de condução é favorável, com um assento confortável e bem dimensionado. Os comandos principais manobram-se intuitivamente, não diferindo muito da forma e posição dos mais recentes modelos da Hyundai.
Em matéria de visibilidade, apenas o pilar mais recuado pode criar algum constrangimento. Nada que as diversas ajudas à condução de que pode dispor, como o alerta de ângulo morto ou a câmara e sensores de estacionamento, quando presentes, não possam resolver.
Aliás, em matéria de tecnologia de segurança ou de auxílio à condução, o novo SUV da Hyundai pode ser equipado com praticamente tudo o que existe no mercado. Recebeu a classificação máxima de 5 estrelas nos testes de segurança Euro NCAP.
Valores residuais
De acordo com análises realizadas nos principais mercados europeus, prevê-se que o Tucson venha a reter 49% do seu preço original após um período de 3 anos, mais 8% do que o seu antecessor.
Os estudos foram realizados na Alemanha, Áustria, Itália e Espanha pela EurotaxGlass, em França pela L’Argus e no Reino Unido pela CAP Automotive.
Segundo a marca, estes trabalhos evidenciam também que o novo SUV coreano supera a média do segmento C nos cinco principais mercados, através da retenção de mais de 2,4% do seu valor em relação ao mesmo período.
Lançado em Setembro de 2015 em diversos mercados europeus, a nova geração do Hyundai Tucson já é o modelo da marca com maior recorde de vendas em poucos meses. É atualmente produzido na fábrica do grupo localizada na República Checa.