Na primeira metade de 2019, matricularam-se menos 266 mil veículos ligeiros de passageiros na União Europeia, em comparação com o mesmo período de 2018.

Esta queda de 3,1% foi agravada com a descida registada em junho, menos 7,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Esta queda acontece depois da estabilidade registada em maio de 2019, quando o comércio de automóveis de passageiros da UE beneficiou de um ligeiro aumento (0,1%), graças à subida espectacular de 9,1% do maior mercado europeu, a Alemanha.

Um balanço aos principais mercados mostra que:

  • O maior mercado europeu, a Alemanha, consegue um registo positivo de 0,5% apesar de ter voltado a cair 4,7% em junho;
  • O Reino Unido mantém-se como o 2.º maior mercado mas está prestes a ser ultrapassado pela França. Desceu 3,4% nos primeiros seis meses do ano;
  • A França está a pouco mais de 100 mil unidades de se tornar no segundo mercado europeu. Já o seria caso não tivesse regredido 1,8% no primeiro semestre de 2019;
  • Com mais de um milhão de unidades (1.082.197), a Itália é o 4.º país da UE28 e já perde 3,5% face a 2018;
  • A Espanha é, dos cinco principais compradores automóveis europeus, o país que mais desce: -5,7%, cerca de menos 42.200 matriculas de ligeiros de passageiros novos em meio ano. Em junho foi também o que apresentou maior quebra percentual: -8,3%;
  • Exceptuando a Alemanha e a Dinamarca (122.245 unidades, + 1,3%) não há mais nenhum país, com mais de 100 mil unidades nos primeiros seis meses, que tenha matriculado mais carros no primeiro semestre, comparativamente ao mesmo período de 2018;
  • Em comparação com o mesmo período de 2018, os cinco maiores mercados europeus perderem 138.139 matrículas. Porém, isto representa uma queda de 2,8%, inferior aos 3,1% de queda generalizada do mercado europeu. Significa isso que, se estes cinco maiores mercados valiam 73,35% no final do primeiro semestre de 2018, nos mesmos seis meses de 2019, essa importância cresceu para 74%.
  • Portugal tem vindo a perder uma média aproximada de 1.000 carros a cada mês. Os 5.966 ligeiros de passageiros a menos em comparação com o primeiro semestre de 2018 representam uma descida global de 4,4%, superior aos 3,1% da União Europeia. Valor que seria certamente bastante superior não fosse o importante contributo das empresas de rent-a-car para este sector.

Entre os 10 maiores construtores automóveis, com excepção da Toyota (+0,3%), todos perderam mercado:

  1. VAG: -4,3%
  2. PSA: -1%
  3. Renault: -0,9%
  4. Hyundai: -0,6%
  5. FCA: -9,5%
  6. BMW: -0,8%
  7. Ford: -7,6%
  8. Daimler: -0,8%
  9. Toyota: +0,3%
  10. Nissan: -24%

Nas restantes (todas com menos de 200 mil unidades no primeiro semestre), destaque para a subida da Mitsubishi (13,6%) e para a continuação da queda da Honda (-15,5%)

De janeiro a junho de 2019, apenas a BMW não mostra resultado negativo entre as 10 marcas mais procuradas pelos europeus. Destaque para a queda de mais de 10% da FIAT e ainda para o resultado negativo de 3,8% da Opel/Vauxhall, quando já passou mais de um ano da integração das marcas no portefólio do grupo PSA.

Este foi o comportamento resumido das dez principais marcas automóveis nos primeiros seis meses de 2019:

  1. Volkswagen: 908.078 unidades, – 6,7%
  2. Renault: 582.309 unidades, – 6,3%
  3. Peugeot: 520.447 unidades, – 2,8%
  4. Ford: 504.676 unidades, – 7,4%
  5. Opel/Vauxhall: 467.901 unidades, -3,8%
  6. Mercedes-Benz: 434.006 unidades, – 1,1%
  7. BMW: 411.000 unidades, + 0,1%
  8. Audi: 394.644 unidades, – 6,3%
  9. SKODA: 382.150 unidades, -1,3%
  10. FIAT: 376.064 unidades, – 10,2%

Este é a tabela de ligeiros de passageiros novos na Europa em Junho de 2019 e por marcas automóveis.