A KGM, ou KG Mobility, chegou a Portugal com um naipe de modelos variado, quase todos com formato SUV. Porque há ainda uma pick-up e a oferta atual deste tipo de modelo em Portugal não é vasta.

Mas se uma pick-up pode despertar interesse nas empresas, que dizer do Torres, um C-SUV que também pode ser 100% elétrico, que é classe 1 nas portagens e tem preço de um B-SUV?

E é precisamente este o modelo que o importador nacional, a Astara Portugal, acredita ter mais potencial para o nosso mercado.

KGM Torres EVX, o elétrico

Tem um nome bem português: Torres. Tem também linhas modernas, um interior espaçoso e do agrado das famílias, aparenta boa qualidade de construção e surge dotado de bastante equipamento.

O KGM Torres de certa forma apela ao lazer, à viagem e à aventura. Possui duas motorizações: um motor turbo 1.5 a gasolina de 163 cv, com transmissão automática com seis velocidades, mas é o Torres EVX o mais talhado para empresas.

Com motor eléctrico de 207 cv/330 Nm, alimentado por uma bateria da BYD de 73,4 kW, a autonomia declarada em ciclo combinado é de 460 km.

Permite carga rápida de até 120 kW e, em corrente alternada, até 11 kW.

Esta versão eléctrica anuncia valores a partir de 30.059 euros + IVA. Nos carros eléctricos até 62.500 euros este imposto é dedutível por grande parte das empresas e ENI.

A versão a gasolina tem um preço de aquisição que começa perto dos 35 mil euros.

KGM Musso, pick-up de trabalho ou lazer

É um formato de carro cada vez mais raro na oferta das marcas em Portugal.

A KGM Musso partilha com o SUV Rexton (ver a seguir) o bloco diesel 2.2 de 202 cv.

Quando olhamos para algumas secções laterais desta pick-up, as semelhanças com o Rexton são evidentes. O que só abona a favor da sua elegância da Musso e explica a modernidade das linhas interiores e a qualidade do habitáculo.

Mas em termos de dimensões, a KGM Musso é maior e possui também maiores distâncias entre eixos do que o Rexton.

A pick up KGM Musso possui quatro versões, todas com tração integral e dois modelos de transmissão: manual de seis velocidades ou automática com igual número de relações.

As quatro distribuem-se por dois comprimentos de chassis e dois níveis de equipamento, propondo três ou cinco lugares. A diferença está na profundidade da caixa de carga.

A Musso de três lugares, por razões fiscais dirigida a empresas e ENI, apresenta um preço 32.927 euros, valor sem IVA. Na apresentação feita à imprensa havia algumas transformações feitas na área da caixa de carga, incluindo produzidas sobre modelos chassis/cabine.

KGM Rexton, o topo-de-gama

O Rexton é então o modelo de prestígio da marca.

Um SUV da “velha guarda” como definiu o importador na apresentação, por dispor ainda de um motor a gasóleo, ao contrário da atual tendência para a eletrificação.

Este motor é um 2.2 Turbodiesel de origem Hyundai, igual ao disponibilizado na anterior geração do Santa Fé. Tem 202 cv/441 Nm e só está disponível com caixa automática de oito velocidades.

É um SUV de aspecto sofisticado e luxuoso, que se apresenta para disputar um mercado difícil por concorrer também com algumas marcas premium.

Por cerca de 58 mil euros encerra, porém, algumas vantagens: fazer valer este preço com uma elevada dotação de equipamento, ter um raio de viragem de 5,5 metros, uma bagageira volumosa com cinco lugares e ser uma das poucas propostas a disponibilizar ainda uma motorização diesel.

Porque oferece sete lugares e não dispõe de tração integral pode ser classificado como Classe 1 nas portagens, desde que associado a dispositivo eletrónico de cobrança de portagens.

KGM Tivoli, o benjamim da gama

É um crossover utilitário na faixa dos 25 mil euros.

Disponível em duas versões de um motor turbo 1.5 a gasolina: 135 cv ou 163 cv, o primeiro comandado por uma caixa manual de seis velocidades, o segundo por uma transmissão automática igualmente com seis velocidades.

KGM Korando, o modelo que um dia quis ser Jeep

Quem ainda se recordar o que era o primeiro Ssangyong Korando, certamente vai ser mais difícil encontrar semelhanças do que diferenças.

O Korando dos anos 80/90 do século passado era uma versão coreana que invocava o Jeep Willis nascido com a 2.ª Guerra Mundial; o atual, nascido em 2019, é um SUV/Crossover com linhas modernas, com um pouco mais de comprimento e de distância entre eixos do que o KGM Tiboli.

Parece por isso ter uma silhueta mais esguia e fluída. Apresenta-se com duas versões dotadas das mesmas estruturas de motor 1.5 a gasolina disponibilizadas no KGM Tivoli e tem preços a partir de sensivelmente 30 mil euros.

Os níveis de equipamento

As versões de equipamento são bastante simplificada, K3 e K5, sendo a primeira a mais acessível, a segunda a mais dotada de equipamento.

Alguns modelos apresentam uma gama única de equipamento, que pode variar de acordo com o seu posicionamento no mercado. Por exemplo, Tivoli e Korando estão disponíveis apenas com nível de equipamento K3.

Porém, “não existem opcionais em termos de segurança”, afirmou um responsável da marca na apresentação à imprensa.

As origens da marca

A KGM ou KG Mobility tem origem numa antiga marca coreana que já foi vendida em Portugal, a SsangYong. Por isso, os modelos atuais são uma evolução de criações do antigo construtor coreano.

Dentro desse conceito, o modelo mais atual é o KGM Torres, cuja concepção terá começado antes e terminado após a compra da SsangYong.

Nomeadamente a versão elétrica do Torres (EVX), equipado com uma BYD Blade Battery e, por isso, com garantia de sete anos ou 150 mil quilómetros e de dez anos ou um milhão de quilómetros para a bateria.

Os restantes modelos equipados com motor de combustão interna beneficiam de uma garantia de de cinco anos ou 100 mil quilómetros.

A KGM é representada em Portugal pela Astara. O armazém central da KGM está localizado nos Países Baixos e a distribuição de veículos e peças encontra-se no centro Astara em Madrid.

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