As marcas de automóveis têm pouca esperança para o mercado de derivados de turismo.
Mesmo da Volvo, que não tem comerciais, a opinião é clara:
“Os derivados de turismo decerto desaparecerão em breve do mercado”, diz Rui Infante
José Barata, que ocupa as mesmas funções na Peugeot, diz que este será o mercado de comerciais mais baixo de sempre.
“Os derivados de passageiros perderão a sua competitividade. Nesta área, as empresas deverão transferir a sua opção para os furgões, para propostas bem adaptadas à utilização profissional”
Na Renault, também se acredita que vai haver um “acréscimo na racionalidade de compra”. Miguel Oliveira diz:
“Vai haver uma forte redução do mercado dos derivados de passageiros penalizados com a nova fiscalidade”
E, na Hyundai, Gonçalo Rosa diz que o mercado caminha para a venda de comerciais puros.
“Pode crescer um pouco nos pequenos furgões de mercadorias, mas irá perder expressão nos derivados de turismo”
A visão mais pessimista será da Salvador Caetano. Importador da Toyota, mas também com uma unidade de transformação deste tipo de veículo, espera ressentir-se muito com esta nova realidade.
“O desenvolvimento, produção de componentes e montagem do kit de transformação em viaturas comerciais realizado pela nossa fábrica de Ovar vai sofrer um impacto fortíssimo. Estimamos uma quebra de pelo menos 50%. Estas viaturas representam mais de um quarto das vendas de viaturas comerciais ligeiras, pelo que as consequências no mercado serão brutais”, diz fonte da marca.