A ACEA – Associação Europeia dos Construtores Automóveis prevê um aumento de 10% nas matrículas europeias de ligeiros em 2021.
Embora as consequências da COVID-19 devam persistir no sector ainda durante o primeiro trimestre deste ano, a ACEA espera que o mercado automóvel recupere durante a segunda metade do ano à medida que os programas de vacinação dos diferentes Estados-membros ganhem ritmo.
Mas este crescimento depende de um trabalho conjunto
Oliver Zipse, o novo presidente da ACEA, que é também CEO do grupo BMW, diz que é “fundamental” um trabalho conjunto com os legisladores europeus no sentido de “fortalecer” a competitividade da indústria automóvel europeia no cenário global.
Todavia, são necessárias uma recuperação económica sustentável da União Europeia e um aumento da procura local para regressar aos valores pré-pandemia, diz Oliver Zipse.
https://fleetmagazine.pt/2020/12/16/helder-pedro-acea-acap-portugal/
O papel da eletrificação
Sustentabilidade essa suportada, em grande parte, pelo mercado de veículos eletrificados (inclui veículos elétricos a bateria e híbridos plug-in), que cresceu até uma quota de mercado de 10,5% em 2020 – em 2019 este tipo de veículos representava apenas 3% do mercado automóvel europeu.
Com os apoios certos, incluindo a construção massiva de infraestruturas de carregamento e reabastecimento para combustíveis alternativos em todos os Estados-membros da União, “esta tendência positiva poderá prosseguir”, refere Zipse.
Para o novo responsável da ACEA, e independentemente da pressão que a crise pandémica coloca sobre a indústria, a associação mantém-se comprometida com a transição energética rumo à neutralidade carbónica.
Oliver Zipse destaca que o sector automóvel está a trabalhar arduamente rumo à recuperação económica.
“A indústria automóvel europeia contribuirá não só para fortalecer a economia europeia, mas também para que sejam alcançadas as ambições climáticas do velho continente”, conclui.
O ano 2020 registou a maior queda de sempre nas vendas de automóveis na União Europeia. A crise pandémica levou a uma queda de 23,7% nas matrículas de ligeiros de passageiros novos.
As medidas de luta contra a COVID-19 aplicadas pelos diversos Governos, incluindo os confinamentos impostos, tiveram um impacto sem precedentes na venda de carros novos na União Europeia.