Mazda CX-3 ensaio

Um SUV compacto com muita alma e coração novo, por menos de 25 mil euros

O Mazda CX-3 representa uma dupla estreia do construtor: a chegada a um novo e cada vez mais concorrido segmento e a entrada em cena de um novo motor mais adaptado ao mercado nacional.

Tanto quando a FLEET MAGAZINE se sentou pela primeira vez ao volante do novo CX-3, como quando o levou vários quilómetros por maus caminhos, teve a mesma sensação de “déjà-vu” e regressou, 20 anos atrás, aos comandos dos primeiros Suzuki Vitara.

Na realidade, o único ponto de semelhança é a surpreendente agilidade e capacidade trialeira que ambos revelam. No restante, a evolução tecnológica e as exigências de segurança e de eficiência produziram profundas diferenças que tornam impossível qualquer outra comparação entre ambos.

Ao contrário da Suzuki, o CX-3 marca a estreia da Mazda no segmento dos SUV compactos, para disputar uma classe cada vez mais concorrida e com uma oferta que engloba modelos tão distintos na forma e no conceito como o Captur, o Juke e o Peugeot 2008, por exemplo. Mas o “know-how” da marca japonesa é vasto, tanto na produção de viaturas robustas e compactas, como na experiência de modelos com capacidade para todo-o-terreno. Sem esquecer cartões de vista anteriores como o CX-7 e, naturalmente, o CX-5.

A juntar a isto, o CX-3 encerra outra importante novidade: uma nova unidade 1.5 SKYACTIV-D que segue os mesmos princípios do bloco 2.2 SKYACTIV-D. Tal como este, este motor de 4 cilindros a gasóleo funciona com taxas de compressão muito baixas, o que lhe permite trabalhar com temperaturas menos elevadas na câmara de compressão, e possui um sistema de escape de gases que dispensa pressões elevadas do turbo.

Este “truque” torna desnecessário o uso de filtros adicionais ou a utilização de AdBlue, para poder respeitar as cada vez mais exigentes normas ambientais europeias, e reflete-se favoravelmente sobre os consumos e emissões.

Tudo isto resulta também custos de utilização mais reduzidos e contribui para os índices de fiabilidade do conjunto.

 

Mazda CX-3: economia e elasticidade do motor

 

Mazda CX-3 ensaioCom a maioria dos seus pares da classe, o Mazda CX-3 não é um todo-o-terreno. Apesar do chassis robusto, falta-lhe altura ao solo (apenas 15 cm), tração integral (neste caso somente dianteira, embora na gama exista a possibilidade de tração integral aliada ou não a transmissão automática), pneus com rasto específico e uma série de outros requisitos essenciais.

Mesmo assim, o baixo peso do conjunto e esta motorização conferem-lhe uma notável agilidade, capacidade de aceleração e de tração. Compacto, silencioso e praticamente isento de vibrações, em estrada ou em cidade, esta nova unidade a gasóleo da Mazda mostra uma resposta surpreendente a baixas rotações, não precisando de se afastar das 2000 rpm para manter uma resposta pronta sempre que o condutor o exige.

Com algum auxílio do sistema start/stop (i-stop na Mazda) e do i-eloop (tecnologia de recuperação e armazenamento de energia, que alivia a necessidade do motor gerá-la para fazer funcionar alguns elementos elétricos da viatura), o construtor homologou o modelo com um consumo médio de 4,0 litros e emissões de CO2 de 105 g/km.

Mas em condições reais de utilização, sem grandes preocupações com o consumo e com alguns (bons) quilómetros fora do alcatrão, se bem que sempre em piso firme, o Mazda CX-3 testado chegou ao final do ensaio com o computador de bordo a indicar uma média de 5,4 litros.

Mazda CX-3: suavidade de rolamento

Mazda CX-3 ensaioA base do Mazda CX-3 é a do utilitário Mazda2, com 27 cm a mais no comprimento e, sensivelmente, menos 20 cm que o Mazda3.

Projetado essencialmente para uma condução em asfalto e urbana, a estrutura compacta não permite grande espaço interior. Ainda que muito bem aproveitado e contando com 2 assentos dianteiros excelentes, os 3 lugares traseiros servem só para efeitos de homologação.

Como é habitual nesta categoria de veículos, a largura entre as portas traseiras não é muita e a capacidade da bagageira não vai além dos 350 litros.

O melhor do habitáculo é, sem dúvida, a qualidade de construção e dos materiais. Características que contribuem para a boa insonorização e uma suavidade de rolamento que eleva substancialmente o conforto a bordo.

Preço:

23.985 Euros*

Rendas:
417,77 €/mês (36m)*
346,59 €/mês (48m)*

Consumos e emissões:
4,0 l/100Km
105 gCO2/km*

Características motor:

4/1.499 cc
105/4.000 cv/rpm
270/1.600-2.500 Nm/rpm

(*) Fonte Leaseplan