Em julho, o mercado nacional de usados registou um crescimento de 25% face ao mesmo período de 2019.

São as conclusões do mais recente relatório do Observatório INDICATA, que refere que o mercado português de usados se apresenta como “um dos mais fortes da Europa”.

Certo que junho registou uma subida de 36%, Portugal mantém os níveis de stocks a descerem 7%. Ao mesmo tempo, a limitação do lado da oferta é menos pronunciada no nosso mercado, comparativamente a outros países do velho continente.

No relatório mensal do Observatório INDICATA, verifica-se também um aumento das preferências dos portugueses por motorizações mais “amigas do ambiente” comparativamente ao diesel (que, ainda assim, continua a crescer no nosso país).

Mais refere o estudo que os segmentos de luxo, SUV e desportivos foram os mais procurados pelos portugueses no mês de julho.

Mercado europeu

Olhando para o velho continente, a maioria dos países manteve-se estável na sua progressão positiva. O crescimento global em termos homólogos, durante o mês de julho, foi de 12,5% (em junho o aumento tinha sido de 13,2%).

A recuperação do mercado de usados continua, assim, com países como a Espanha a ocupar o segundo lugar na lista dos mercados que mais cresceram, mesmo apesar do recente aumento de infeções pelo novo Coronavírus (COVID-19).

Relativamente a stocks, Andy Shields, diretor global do INDICATA, refere que temos assistido, nos últimos dois anos, no fim de julho e início de agosto, a um aumento da taxa de vendas à medida que os retalhistas limpam o stock antes dos períodos de férias e de novas matrículas. “Isto não aconteceu este ano, principalmente devido aos tempos atípicos que vivemos e à escassez de stock”.