A Mercedes-Benz Classe X é a proposta da marca alemã para um dos segmentos que, depois dos SUV, promete ser um dos de maior crescimento no mercado.

Prevê-se que as pick-up de médio porte possam vir a ser consideradas veículos de recreio, e não só de trabalho, fazendo com isso que as vendas subam.

Esta pode até ser uma viatura com pergaminhos interessantes para algumas empresas, mas a expetativa da própria marca não é muita. A Mercedes-Benz Portugal espera que apenas 30% deste modelo seja para frotas.

A justificação parece estar, sobretudo, no preço e na configuração que a marca escolheu para este modelo – aparece apenas na versão de cinco lugares. Isto porque o Classe X pretende ser mais do que uma viatura de trabalho, com níveis de conforto semelhantes aos das viaturas de passageiros da marca. Dos cinco grupos-alvo para este modelo, apenas dois são empresas (2empresário” e “proprietário de terreno”), sendo os outros “aventureiros de sucesso”, “independentes” e “famílias”.

A Classe X é um produto desenvolvido em conjunto com a aliança Renault/Nissan, fazendo eco da Nissan Navara e da recente Renault Alaskan (sem lançamento previsto para Portugal). Desse modelo, e a nível de design exterior, tem apenas em comum os puxadores, o braço do espelho e o trinco da porta traseira. De resto, tem a robustez já conhecida do modelo da Nissan, com chassis de longarinas com rigidez à torsão, à qual se acrescenta um eixo traseiro novo e herda também o motor e a transmissão. Sobre esta última, é justo dizer que se trata da maior falha da viatura, dado que se trata de uma opção limitada, com algumas falhas na resposta que se pretende e um nível sonoro que não corresponde ao predicado de sofisticação e conforto com que se apresenta.

O Mercedes-Benz Classe X só vai ter a opção de cabine dupla, com três níveis de equipamento. Para trabalho, será o Pure, distinguido por fora pelo pára-choques dianteiro em plástico preto, jantes de aço, mas que mesmo assim traz assistente de sinais de trânsito e de faixa de rodagem e cruise-control, como equipamentos de assistência à condução. Mas se passar para as versões superiores (Progressive e Power), aparecem novidades como teto interior à cor do restante interior, volante multifunções de 3 braço cromado, tablier com imitação de pele com pespontos, faróis em LED, ar condicionado de duas zonas separadas ou auxiliar de estacionamento com câmara 360 graus.

Nos motores, o 250d, com 190 cv, já disponível e o 220d, de 163 cv, que deverá aparecer no inicio do próximo ano. Mas no segundo semestre de 2018, está para chegar o 350d, com seis cilindros e 258 cavalos. Os preços começam nos 30.965 euros, a que acresce IVA (preço final de 38.086 euros). Na 250d, o valor indicativo é 41.137 euros.