mesa redonda rentingO ano de 2015 foi um ano positivo para o renting mas não um ano de euforia para a atividade, como classificou um dos participantes da mesa redonda anual promovida pela “Vida Económica“ e cujo mote foi “O renting automóvel e as fases do mercado automóvel: é sempre a melhor opção?”.

Contudo, os representantes das gestoras presentes reconheceram ter atingido resultados acima das expectativas iniciais.

Gonçalo Cruz, da Arval, disse estar a notar-se um rejuvenescimento do mercado, mais lento por parte das grandes empresas, mas com maior adesão por parte dos clientes particulares e pequenas empresas, nas palavras de Miguel Ribeiro, do Volkswagen Financial Services Portugal. Constatação corroborada por Pedro Pessoa, da Leaseplan, que classificou as PME como um “segmento emergente”.

Nuno Jacinto, da ALD Automotive, lembrou que crescimento do número de consumidores que descobre as vantagens fiscais do renting e que adere à solução por razões de optimização financeira, sendo sentimento comum de todos os presentes a subida dos índices de satisfação dos clientes de cada uma das gestoras.

Neste sentido, Pedro Pessoa lembrou a importância do papel de aconselhamento da gestora, nomeadamente em termos fiscais, reconhecendo que algumas empresas estão a adiar decisões e cada vez procuram melhores soluções que permitam optimizar as soluções fiscais.

A propósito das alterações da fiscalidade automóvel introduzidas no Orçamento de Estado para 2016, Paulo Araújo, da Finlog, mostrou-se pessimista quanto aos seus efeitos, mas evidenciou a oportunidade que o renting representa neste sentido, uma vez que se trata de uma ferramenta que pode minimizar alguns efeitos desse aumento.

O administrador da Finlog realçou também que o aumento do ISV e, consequentemente, do preço das viaturas e dos reflexos deste aumento na Tributação Autónoma, pode acentuar o downsizing de modelos e motores em algumas frotas, se a cadeia de importação e de vendas não diminuir ainda mais as margens de lucro ou reduzir o equipamento das versões, de forma a colocar o preço abaixo dos escalões.

“Mais downgrade é difícil”, afirmou Miguel Ribeiro. “As empresas estão cada vez mais preocupadas com a satisfação dos seus recursos humanos e o que poderá acontecer é cada vez mais empresas equacionarem a possibilidade de passarem a responsabilidade do automóvel para a esfera do colaborador”.

O encontro contou com a participação de António Oliveira Martins, vice-presidente da ALF com o pelouro do Renting, Manuel de Sousa, vogal da ALF e director-geral da ALD Automotive Portugal, Nuno Jacinto, diretor de comercial e de comunicação desta gestora, Pedro Pessoa, diretor comercial da LeasePlan, José Madeira Rodrigues, diretor comercial da Arval e Gonçalo Cruz, responsável de marketing e comunicação também da Arval e coordenador do estudo CVO para Portugal, Miguel Ribeiro, diretor de renting e vendas a frotas do Volkswagen Financial Services Portugal  e Paulo Araújo, administrador da Finlog.