É a nova e renovada chegada de um ícone do mundo automóvel ao mercado nacional: a MG regressou a Portugal e traz consigo objetivos claros, bem definidos e muito ambiciosos, a começar pelo compromisso de conquistar 2,25% de quota de mercado e vender perto de 4.000 ligeiros novos já em 2024
A verdade é que a MG já está em Portugal desde 2021, com um primeiro concessionário a abrir na zona Norte do país e a vender 27 unidades nesse ano. Em 2022, com o acrescentar de mais pontos de venda à rede, a marca vendeu 239 carros. Para 2023, e com uma ofensiva elétrica sem precedentes na marca, que atualmente comercializa um modelo a gasolina, um modelo híbrido plug-in e quatro 100% elétricos, a previsão é que venha a vender 1.250 unidades (à data, a marca já matriculou 803 carros).
Ricardo Lotra, Country Sales Manager da MG no nosso país, dizia na altura da apresentação da gama MG à imprensa que os modelos atualmente à venda em Portugal são alinhados com a fiscalidade. “Se houver um produto que, face à fiscalidade praticada no nosso país, fique muito caro para o cliente, decidimos não o comercialilzar”, acrescenta.
Exemplo disso, acrescenta, é o modelo HS, um veículo a gasolina que a marca decidiu, para já, não vender em Portugal, dadas algumas características que penalizam o utilizador português. A começar pelo facto de, por exemplo, ser Classe 2 nas portagens e estar sujeito a um ISV muito elevado.
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Mas as ambições da marca detida pelo grupo chinês SAIC Motor não se ficam por aqui. A MG fechará 2023 com 18 concessionários e quase duplicará a rede em 2024 (26 pontos de venda).
Tudo objetivos em linha com o crescimento da marca a nível europeu, que já admitiu querer superar a barreira dos 200 mil carros elétricos vendidos no velho continente já em 2023, um crescimento de 33% face ao período homólogo. A entrada da MG no mercado europeu é digna de registo: atualmente, é a 16.ª marca automóvel mais vendida, e entre 1 de janeiro e 31 de agosto já tinha matriculado cerca de 17 mil unidades.
“Democratizar o acesso do consumidor português aos automóveis do futuro”
A marca assume querer tornar-se na nova referência na condução eletrificada e torná-la acessível aos condutores preparados para embarcar num novo estilo de vida elétrico e sustentável.
“Levar a mobilidade elétrica a todos”, referem os responsáveis da marca, que prepararam toda uma gama adaptada ao gosto europeu e com argumentos para os mais variados gostos. “Graças à excelente relação qualidade-preço dos nossos modelos, um dos valores históricos da marca, seremos capazes de facilitar aos condutores portugueses o acesso a um automóvel elétrico de uma forma acessível, algo impossível até agora”, dizia Ricardo Lotra.
E embora a porta esteja completamente fechada a variantes diesel, a gasolina vai continuar presente num modelo: o ZS. “Temos perfeita consciência de que o ZS a gasolina vai vender muito em Portugal, mas o nosso foco continua a ser a eletrificação”, acrescentou Lotra.
Para tal, a MG preparou uma gama completa com as seguintes propostas de preço (todas com IVA incluído):
- MG ZS, a partir de 22.790 euros;
- MG EHS, a partir de 39.190 euros;
- MG ZS EV, a partir de 35.990 euros;
- MG4, a partir de 32.990 euros;
- MG5, a partir de 37.790 euros;
- MG Marvel R, a partir de 45.690 euros.
Em 2024 está ainda prometida a chegada de três modelos full hybrid e mais cinco 100% elétricos e plug-in.
Para já, a MG não faz distinção de clientes (particular vs. empresa), mas Ricardo Lotra não exclui essa possibilidade, uma vez que a MG vai reforçar a equipa em Portugal e passará, a partir daí, a acompanhar de perto a rede de concessionários e respetivas vendas a empresas.