A Midas vê potencial para desenvolver o seu negócio de serviços para gestão de frotas em Portugal. Com 50 lojas já abertas, a rede de oficinas acredita que o mercado português ainda não está saturado. Ainda é possível abrir mais 20 lojas.
No ano passado, a rede reparou 150 mil carros. Destes, 17% vieram de gestoras. Mas a rede quer avançar mais com o cliente profissional.
Além das locadoras e grandes frotistas, a Midas tem tido alguma presença de pequenas e médias empresas.
A relação da rede com os clientes empresariais nasceu nos pneus. Inicialmente, era este o serviço que os detentores de frotas procuravam, mas a tendência tem vindo a alterar-se. “A Midas é mais conhecida pela mecânica do que pelos pneus”, diz Ricardo Kendall, diretor-geral da empresa.
Apesar da mecânica ser limitada a alguns serviços, a qualidade do trabalho prestado tenta ser a melhor. A marca utiliza peças de equipamento original. “Isso dá uma garantia muito boa”, diz Kendall.
Este negócio parte muitas vezes dos próprios utilizadores das viaturas. Conforme o diretor da rede refere à FLEET MAGAZINE, são eles que pedem algum dos serviços de mecânica quando estão a fazer uma substituição de pneus. “Os condutores aproveitam a ida à Midas para pedir um serviço de travões ou de revisão, por exemplo”.
A comunicação da Midas tem sido dirigida para o cliente particular. São conhecidas as campanhas de descontos que a marca tem feito, seja a nível de pneus ou de mecânica. Uma das últimas foi da revisão oficinal mais barata que na marca.
Mas a relação que a Midas tem para os seus clientes profissionais não difere muito da que tem com os particulares. “Em termos de front-office, o cliente é trabalhado da mesma forma. Mas no back-office já não”, diz.
Um colaborador faz todo o acompanhamento e prospeção diária de grandes frotas. A comunicação é diária e abrange praticamente todas as gestores de frota. Apenas a Arval ainda não trabalha com a Midas.
A Midas quer vir a ter mais recursos especialmente alocados a este canal. “Mesmo sabendo que as empresas estão a reduzir o número de carros, gostávamos de o fazer porque pensamos que este canal vai evoluir”, diz Kendall.
A rede coloca a pressão na qualidade do trabalho. A transparência que tem lutado para apresentar ao cliente particular, quer replicá-la nas empresas.
“O que interessa a uma gestora de frota é que uma empresa esteja habituada a trabalhar com empresas grandes e com cobertura nacional e que tenham processos e uma postura. A gestora de frota está por vezes a 300 km e está a fazer fé num parceiro. Tem de haver uma relação de parceria e idoneidade muito grande”.
Kendall refere a questão dos check-up gratuitos e dos atestos como vantagens enormes que as empresas podem ir buscar dos seus serviços. Mas é o preço a preocupação central dos dias de hoje.
Apesar das campanhas que a rede tem feito para garantir o melhor preço de mercado para os seus clientes particulares, as empresas têm a garantia de ter um preço mais baixo. Salvo algumas excepções – Kendall fala das lâmpadas a um euro, por exemplo – os descontos para particulares estão sempre acima do que se cobra às empresas.
“Somos muito competitivos no que diz respeito a frotas. Em PVP normais, para cliente final, há um estudo da GIPA que diz que somos 27% mais baratos. Mas damos mais do que isso ao cliente frotista”, diz.
Das cerca de 25 mil entradas de carros de empresas feitas na Midas, há empresas com mais de 3.500 unidades e outras apenas com cinco. As condições variam conforme a dimensão das empresas. Mas aquilo que os clientes pedem da rede, sejam eles grandes ou de pequena dimensão, é o mesmo. “A qualidade é o mais importante para ambos os casos”, diz o diretor da Midas.
(publicado originalmente na Fleet Magazine de Dezembro 2012)