O1.5 Dci é o motor perfeito para o Clio. É um motor que cabe, sem quaisquer problemas, para um Mégane. No Scénic também já se viu que acompanha o que se pede do monovolume.
Mas colocá-lo num Laguna será ajuizado? Para se ser mais preciso, serão suficientes 1.461 centímetros cúbicos para uma carrinha que mede 4,8 metros e pesa quase uma tonelada e meia? Sem ver, a resposta seria não. Portanto, se a Renault conseguisse mostrar que o seu motor de combate serve não só para a infantaria como para a artilharia, teria aqui um modelo bastante competitivo para o seu segmento.
E facto é que o pequeno 1.5 dCi serve… mais ou menos. Explicando, é o motor que segura bem em arranque, em velocidade de cruzeiro e, por incrível que possa parecer, até dá para algumas ultrapassagens. O problema é que para fazer isto, tem que se pisar bem no acelerador. E quando se toca no pedal até às 4.000 rpm para chegar aos 140 cv de potência máxima isso tem consequências: o consumo. A marca anuncia 4,7 l/100 km, mas esse valor é quase impossível de conseguir.
A carrinha exige muita perícia na condução em regimes baixos, apesar do binário estar quase sempre pronto. Para fazer esquecer este pormenor, esta versão desenhada quase à medida para frotas está recheada de equipamento. Neles, destaque para o sistema de ajuda ao estacionamento traseiro e o Carminat TomTom Live. A única coisa que faltaria será o cartão mãos-livres.