Ricardo Silva é director comercial adjunto de business development na LeasePlan Portugal
Por: Ricardo Silva, Leaseplan
Em que medida as empresas podem utilizar o seu poder de compra em benefício dos colaboradores que não têm carro de serviço ou que têm necessidade de um veículo para o seu agregado familiar?
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, 92% dos portugueses considera o carro o modo de transporte mais importante, identificando ainda a mobilidade familiar como a segunda maior despesa, ultrapassada apenas pelas despesas com a habitação.
Ao mesmo tempo, de acordo com o estudo LeasePlan 28Car Policy Benchmark, uma das principais preocupações das empresas é maximizar os benefícios que coloca à disposição dos seus colaboradores. E estudos de empresas de Recursos Humanos revelam também que uma das principais aspirações dos colaboradores, no que respeita a benefícios, passa por ter condições especiais de acesso a mobilidade automóvel.
Como podem as empresas ajudar os seus colaboradores?
As empresas procuram continuamente soluções que lhes permitam maximizar os benefícios do seu activo mais importante, as pessoas. É importante encontrar soluções que assegurem o bem-estar dos colaboradores, de modo a que estes se sintam valorizados, motivados e focados nas suas responsabilidades.
A maximização dos benefícios das “nossas pessoas” envolve acréscimo de custos e trabalho administrativo adicional, algo difícil de gerir quando temos orçamentos apertados e uma economia que vai apresentando melhorias, mas ainda a uma velocidade inferior à desejável.
Existem porém benefícios ao alcance da maioria das empresas que não representam um aumento de custos e que não acarretam uma carga administrativa adicional. Um bom exemplo destas alternativas são os protocolos com as empresas de serviços, que na sua grande maioria, estão disponíveis para estabelecer condições especiais para os seus colaboradores, de que são exemplo as telecomunicações e os seguros de saúde.
Ora as empresas podem também ter condições para replicar esse modelo no que concerne à mobilidade automóvel, especialmente aquelas que dispõem de um número mais elevado de colaboradores.
Em que medida é que o renting pode dar resposta a esta necessidade?
Estudos recentes revelam uma apetência crescente dos particulares para modelos de utilização em detrimento da propriedade, não sendo o automóvel excepção a esta tendência.
Daí que se tenha tentado perceber de que modo a modalidade de renting podia dar resposta a este desafio, atendendo a que o modelo de renting, pela sua estrutura completa de serviços e renda mensal fixa, responde às necessidades do consumidor moderno. Com efeito, ser proprietário de um automóvel acarreta vários custos fixos com financiamento, manutenções programadas, seguro, substituição de pneus, impostos e desvalorização do bem. Mas além destes existe ainda a imprevisibilidade de necessitarmos de reparar uma avaria de custo avultado e o transtorno que causa ficarmos privados do nosso principal meio de mobilidade.
Sendo o custo o factor chave de decisão, calculou-se esse valor para dois exemplos de veículos, comparando as despesas entre adquirir um carro enquanto particular e utilizar um carro na modalidade de renting, com recurso ao poder negocial de uma empresa. O objetivo é avaliar a viabilidade da solução, ou seja, se há – e em que medida – uma poupança para o colaborador ao usufruir do poder negocial do seu empregador, comparativamente à aquisição pelos seus próprios meios.
Como resultado do exercício, constata-se, através deste exemplo, uma poupança nos custos na ordem dos 20% que resultam num aumento da liquidez do colaborador na ordem dos 10%.
Concluindo que, do ponto de vista de custo, há benefícios para o colaborador, inquiriu-se junto de algumas empresas quais os argumentos favoráveis à disponibilização deste benefício, mas também as suas principais preocupações.
E o resultado foi este:
Fatores críticos de sucesso
Caso considere a hipótese de implementação desta solução na sua organização, deve assegurar que esta não lhe traz maior carga administrativa nem problemas com os colaboradores. Assim, existem 2 fatores críticos de sucesso: a comunicação e a robustez da oferta.
Na parte da comunicação, deve garantir, junto do seu parceiro, a disponibilização de todo o apoio que os seus colaboradores venham a necessitar, como forma de assegurar que são devidamente informados e esclarecidos sobre as características da solução.
Neste apoio, deve estar contemplado:
- Linha de atendimento telefónico
- Ferramentas online que suportem a fase de consulta, selecção e também a vigência do contrato.
- Simulador comparativo que ajude os colaboradores a avaliar as alternativas ao seu dispor, de modo a que estejam conscientes e confortáveis com a decisão que venham a tomar.
- Sessões de esclarecimento, manuais explicativos e outras ferramentas que assegurem a máxima transparência de todo o processo e condições contratuais.
- Responsabilidades e obrigações das partes envolvidas (empresa, colaborador e parceiro)
No que se refere à robustez da oferta, tal como acontece com as empresas, os particulares apreciam uma maior previsibilidade de custos na utilização de um automóvel.
Afinal, despesas extra e inesperadas são sempre uma dor de cabeça.
Por isso, disponibilizar uma oferta “chave na mão”, ou seja, com todos os serviços incluídos, é uma garantia não só de um maior poder negocial como de uma efetiva redução dos custos de utilização.