mobilidade eletricaCinquenta postos de carregamento elétrico nas principais auto-estradas em até 2017, 30 dos quais vão estar a funcionar até ao final de 2016, e renovação dos incentivos à aquisição e uso de veículos elétricos, são alguns dos incentivos anunciados por João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente de Portugal.

Este conjunto de ações foi anunciado por ocasião da inauguração do primeiro corredor de carregamento rápido para veículos elétricos entre Lisboa e o Algarve, na área de serviço de Aljezur.

Além da estação de serviço de Aljezur, também as de Palmela, Alcácer do Sal e Loulé passam a ter postos de carregamento rápido, que “serão gratuitos até ao final do ano”, acrescentou Matos Fernandes.

O Ministro sublinhou também que no final de 2016 “será possível viajar de Viana do Castelo até ao Algarve e nos dois eixos para o interior”, acrescentando que “uma rede robusta de carregamento rápido que permite que uma carga em 20 minutos».

“Até ao final de 2017”, anunciou o governante, “cada sede de concelho terá, pelo menos, um posto de carregamento e a mobilidade elétrica deixará de ser entendida como um fenómeno urbano, mas sim um fenómeno que é possível acontecer em todo o País, com grandes ganhos para o ambiente e para todos nós”.

A conclusão da Rede MOBI.E envolve a instalação de um total de 124 pontos de carregamento normal e da atualização tecnológica e instalação de 50 pontos de carregamento rápido.

10% de veículos elétricos em 2026

“A ambição do Governo é que dentro de dez anos, 10% dos veículos existentes em Portugal sejam elétricos, para o que é necessário constituir as infraestruturas de abastecimento, através da rede MOBI.E”, anunciou.

” E o Estado tem de contribuir de forma decisiva para que exista uma rede pública de carregamento que permita que, dentro de muito pouco tempo, se possa utilizar, com igual grau de fiabilidade, um veículo elétrico ou um veículo que não é elétrico”, referiu o Ministro.

Matos Fernandes lembrou que o preço dos veículos elétricos é mais elevado do que o dos veículos a gasóleo e a gasolina mas a diferença “é absolutamente compensável” porque o gasto em energia elétrica será muito mais baixo do que em gasolina ou gasóleo.

Recordando que “os veículos elétricos em Portugal não pagam imposto automóvel”, o Ministro acrescentou que Portugal tem de fazer um esforço muito grande para reduzir no mínimo 30% das emissões de gases com efeito de estufa até 2030, o que obriga a redução nos transportes, na indústria, e na produção de energia.